sábado, 31 de dezembro de 2011

Bom Ano de 2012



Renova-se o ano repetindo a espera
E vão-se nas doze canoras batidas,
Saciando alguns desejos rogados,
Ou porventura somente a esperança.

Sem pressas os primeiros passos no novo,
Do velho se rezou a sua história findada
Pedindo brilho para aquele que chega
Esquecendo o passado, olhando o futuro.

Cruzam-se os olhos entre beijos e abraços
Relembra-se aqueles a quem ser quer bem,
Deixando para traz a quem não importou
Trazendo na Alma os queridos ausentes.

Celebra-se a vida, a saúde e alegria
O optimismo, a felicidade e a força
Comemorando o viver esse instante
Ou tão-somente, o poder-se estar vivo.

Mas onde eu estiver nesse momento
A todos vocês um Bom Ano Novo desejo
E em especial aqueles de quem gosto,
Especialmente aos que gostam de mim.

Bom Ano de 2012.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

...é tudo muito estranho!


Em Matosinhos, ás 23h00 no passado dia 3 de Dezembro 2011

Já todos passamos por acontecimentos que, no mínimo, consideramos de estranho.

Algum "dejá vu", gente conhecida que não conhecemos, sensações de todo o tipo que não consideramos normais, até mesmo algo que captamos e só depois achamos bizarro.

Enfim, esta passou-se comigo, não é fotomontagem e tenho várias tiradas de outros ângulos.

Já me informei e pelo que li, nesse dia não havia nenhum alinhamento visível a olho nu e
...é tudo muito estranho!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pode ser verdade...

A ABÓBORA
... Uréia, colesterol, glicemia, lipídios e triglicerídeos... ?
Um segredinho revelado?

Alguns anos atrás, um meu ex-professor me mostrou uma análise de sangue; o que eu vi me deixou impressionado. Os cinco principais parâmetros do sangue, ou seja:ureia, colesterol, glicemia, lipídios e triglicerídeos apresentavam valores que, em muito excediam os níveis permitidos.
Comentei que a pessoa com aqueles índices já deveria estar morta ou, se estava viva, isto seria apenas por teimosia. O professor, então, mostrou o nome do paciente que, até então, tinha sido ocultado pela sua mão. O paciente era ele mesmo! Fiquei estupefato! E comentei: "Mas como? E o que você fez?". 
Com um sorriso ele me apresentou a folha de uma outra análise, dizendo: "Agora, olhe esta, compare os valores dos parâmetros e veja as datas".
Foi o que eu fiz. Os valores dos parâmetros estavam nitidamente dentro das faixas recomendadas, o sangue estava perfeito, impecável, mas a surpresa aumentou, quando olhei as datas; a diferença era de apenas um mês (entre as duas análises da mesma pessoa)!

Perguntei: "Como conseguiu isso? Isso é, literalmente, um milagre!"
Calmamente, ele respondeu que o milagre se deveu a seu médico, que lhe sugeriu um tratamento obtido de outro médico amigo. Este tratamento foi utilizado por mim mesmo, várias vezes, com impressionantes resultados. Aproximadamente, uma vez por ano, faço análise de meu sangue e, se algum dos parâmetros estiver apresentando tendência ao desarranjo, volto  imediatamente a repetir esse processo. Sugiro que você o experimente.

SEGREDO: Semanalmente, por 4 semanas, compre, na feira ou em supermercado, pedaços de abóbora. Não deve ser a abóbora moranga e sim a abóbora grande, que costuma ser usada para fazer doce. Diariamente, descasque 100 gramas de abóbora, coloque os pedaços no liquidificador, junto com água (SÓ ÁGUA!), e bata bem, fazendo uma vitamina de abóbora com água. 
Tome essa vitamina em jejum, 15 a 20 minutos antes do desjejum (café da manhã). Faça isso durante um mês, toda vez que o seu sangue precisar ser corrigido. 
Poderá controlar o resultado, fazendo uma análise antes e outra depois do tratamento com a abóbora. De acordo com o médico, não há qualquer contraindicação, por tratar-se apenas de um vegetal natural e água (não se usa açúcar!). 
O professor, excelente engenheiro químico, estudou a abóbora para saber qual ou quais ingredientes ativos ela contém e concluiu, pelo menos parcialmente, que nela está presente um solvente do colesterol de baixo peso molecular: o colesterol mais nocivo e perigoso - LDL .
Durante a primeira semana, a urina apresenta grande quantidade de colesterol LDL (de baixo peso molecular), o que se traduz em limpeza das artérias, inclusive as cerebrais, incrementando, assim, a memória da pessoa. Há apenas um inconveniente: o sabor da abóbora crua não é muito agradável! Nada mais.

Há um detalhe importante: nem a abóbora, nem a água poderão ir para a geladeira, porque a refrigeração destrói os ingredientes ativos da vitamina.
Esta é a razão de ter que comprar, semanalmente, a abóbora, pois, fora da geladeira, ela se estraga rapidamente. 
Referência:
Salvatore de Salvo e Mara Teresa de Salvo, Novos Segredos da Boa Saúde, Editado pela Biblioteca 24x7 [www.biblioteca24x7.com.br ], São Paulo-SP, novembro 2008.

sábado, 26 de novembro de 2011

Os "bichos"

Em determinadas alturas da vida todos nós afloramos a quantificar as nossas amizades o que acontece normalmente, quando alguém que pensamos nutrir por nós exacerbada e incondicional amizade, demonstra por actos ou palavras, o contrário da dita.

Na origem de uma conversa acerada com alguém, chegado a “val de lençóis” dei comigo noite adentro a quantificar amizades para chegar á conclusão que para conhecermos os amigos, é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça no decorrer dessa relação. As palavras não são minhas mas, no sucesso verificamos a quantidade de amizades, na desgraça a qualidade das mesmas. Não poderia estar mais de acordo.

Verifico que esta palavra, amizade, se vulgarizou de tal forma que hoje é empregue no segundo seguinte ao conhecimento interpessoal com seja com quem for. Amizade significa estima, dedicação, afecto, ternura, afeição, cumplicidade, entre muitos outros sinónimos que a caracterizam e não meramente um conhecimento.

Mas há excepções e por vezes conhece-se pessoas com quem parece termos tido já uma relação de amizade extrema. Talvez noutro estádio, talvez noutros tempos, talvez noutra era, quiçá, mas parece-nos que os conhecemos há séculos e não raras vezes, esses conhecimentos geralmente transformam-se em amizades, deitando por terra a teoria temporal.

Por regra, as amizades constroem-se com o tempo, com os actos, com correspondência, especialmente com o dar-se e receber-se. Sim porque tudo na vida é dar e receber e os ditados populares sugerem que “cá se fazem cá se pagam”, que “semeando tempestades, colhemos vento”, que “mais vale tarde que nunca”, que “a falta de amigo há-de se conhecer mas não aborrecer”, mas também que “amigo disfarçado, inimigo dobrado” e que “amigo verdadeiro vale mais que dinheiro”.

Existem também as belas surpresas e digo-o, no bom sentido. Quando menos se espera e de quem menos se espera, vem uma lufada de ar fresco. Refiro-me aqueles que pouco ou quase nada eram considerados de amigos, que de amigos em pouco ou nada eram estimados, sendo talvez mais considerado do foro do conhecido, talvez pelo longo tempo decorrente do próprio conhecido e que de um momento ao outro “desabrocha”, descobre-se, demonstrando-se uma revelação e verdadeira admiração no campo da amizade.

Esse “bicho” peçonhento e hediondo que alguns são e que por vezes conseguem ser bem mais cruéis que o mais cruel dos animais, levam-me por vezes a reconsiderar algumas filosofias nos modos de ser e de estar na vida, não só pela forma como o dizem o que dizem, mas muitas para pela forma como agem.

São esses mesmos “bichos” que me obrigam a comigo mesmo vociferar e praguejar, e no meu íntimo dizer-me que tenho de mudar, que não posso ser como sou, que não me posso dar como dou, a deixar de ser do tipo “tirando a camisa para dar ao amigo”.

Por outro lado, aqueles seres que até então eram pouco considerados e que se vão revelando, são eles que me levam ainda a acreditar na condição humana e que nem tudo poderá estar perdido, que podemos ainda vir um dia a ser um bom exemplar da criação que Deus ao mundo deitou.

É um absurdo que os polos se consigam inverter?
A negação do milénio é verdadeira ou pura ficção?
Que vai acontecer a 21 de Dezembro de 2012?

Nada disso me preocupa neste momento.
Também não sei bem o que se passa, mas ando preocupado com a loucura que vou vendo e lendo, pela demência que nos rodeia, pela demência que se vai instaurando.

Não sei, mas no meu íntimo e do que vejo, sei que anda meio mundo meio doido ou completo e que talvez alguma coisa esteja mesmo para acontecer. Por isso ando apreensivo, ou será que tem tudo a ver com os…”bichos”... que vou encontrando?

Já agora, a fotografia de topo é de uma grande amiga minha e ela provou-me já por várias vezes que, nem sempre um homem é um homem, nem sempre um bicho é um bicho.

sábado, 12 de novembro de 2011

Palíndromo


Fruto de algum trabalho que tem vindo, sim porque emprego sempre tive e uma coisa não tem nada a ver com a outra, tenho andado afastado dos meus habituais “bate-orelhas” no meu blogue e no dos outros. Este afastamento tem originado alternâncias entre terras “del Rey Juan Carlos” e passos curtos em terras de Pedro Coelho.

Vejo que também agora os nossos vizinhos andam algo preocupados com aquela senhora que tem assombrado o mundo e o nosso quadradinho á beira-mar plantado, em particular. Contudo, a abordagem feita pelos nossos “hermanos” continua a ser bastante diferente da nossa quando o tema é “problema” e essa senhora que quase todos chamamos de crise. Sim…, ela existe, não será para todos…, mas existe e sabemos que ficará por cá alguns tempos.

No meu mundo do trabalho e no nosso País, quando alguém pergunta “então como vai isso?”, a resposta normalmente é “está lixado pá, não sei o que vai ser de nós”, ou então “vamos ter de emigrar que isto aqui já deu favas” ou mais incisivamente “isto está cada vez pior, ninguém vai dar a volta a esta porcaria”. São estas as respostas que normalmente são recebidas.

Se a pergunta é feita do lado de lá da fronteira, 70% das vezes a resposta dos inquiridos é “luchando”, que é tão só o equivalente ao nosso “lutando”. Por várias vezes tenho feito essa pergunta, abordando o tema de várias formas e é a resposta de recebo com mais frequência, “luchando”.

“Luchando” com mais ou menos ânimo ou mais ou menos desânimo, com mais ou menos convicção ou mais ou menos crença, mas dentro de uma filosofia que é a da luta para cumprir objectivo e tentar conseguir ultrapassar, problemas e as vicissitudes existentes.

Este nosso palíndromo nacional perante os problemas tem de mudar e mudar, muito rapidamente. Temos de deixar de pensar como uns coitadinhos e estarmos sempre á espera que alguém nos venha dar um paliativo que minimize, nem que seja temporariamente, o mal-estar em que nos encontramos. Deixemos de uma vez por todas de ser, choramingas.

Se recuarmos no tempo, não somos muito diferentes dos nossos “hermanos” no que diz respeito á criação do tecido empresarial. As empresas Espanholas e até mesmo a maioria dos grupos empresariais privados nasceram de empresas familiares, á semelhança do que por cá se passou. Foram os descendentes desses criadores que mais tarde pela divisão, criaram novas empresas e assim sucessivamente, concebendo a indústria forte que hoje existe. Também aqui, a diferença, é uma vez mais a forma como encaramos as coisas.

Nunca o deixaria, mas não sou nem nunca fui tomado e analisado com complacência por eles e exigem-me a mim, que sou um “outsider”, o mesmo rigor que aos da casa. Porquê? Porque sabem que não são melhores que nós e não raras vezes, até somos bem melhor que eles. Garanto-vos que não nos tomam como um dado adquirido e admiram a nossa capacidade de trabalho e rigor organizacional.

Separa-nos sobriamente, a filosofia que é adoptada na vida e no dia-a-dia seja no trabalho ou em sociedade. Separa-nos a forma como abordamos e a forma como agimos. Separa-nos o trato…, sim o trato…, deixemo-nos de histórias pois somos bastante mais manga-de-alpaca que eles. Nos negócios, 10 minutos depois um Espanhol trata-nos por tu, enquanto por cá demora 10 anos até que alguém se decida a esquecer o “Dr”.
Nessa matéria, o flamengo e o fado estarão sempre em lados opostos.

Tampouco quero ser Espanhol e tenho um especial exacerbado orgulho nacional, mas aparte de muitas semelhanças e outras tantas diferenças, retemos em comum com os nossos “hermanos” uma opinião idêntica e generalizada. Também eles pensam como nós quando se fala sobre os políticos. E sobre este tema mais não digo, não me querendo alongar em demais…chamemos-lhes interjeições.

A mensagem que queria passar, é que temos de deixar de pensar que somos uns coitaditos e acabar com as choramingues á boa maneira dum Caliméro.

Vamos acabar com esse palíndromo nacional.


 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Desilusões com intersecções



A vida é feita de intersecções.

Á semelhança de uma figura que é cruzada muitas vezes e da qual não nos apercebemos da forma, não damos muitas vezes o devido valor e relevo a coisas que nos parecem insignificantes, mas que são verdadeiramente importantes.

Massificamos quase tudo, quando deveríamos individualizar.

Nas nossas intersecções de uma vida, familiarizamos com pessoas que nunca chegamos a ver e vemos outras, com quem nunca nos chegamos a cruzar, tudo porque cada um de nós é um mundo diferente e incompleto dos outros mundos que nos rodeiam.

Cada um desses mundos por vezes completa-se quando tem a ventura de intersectar, um outro mundo que o intersecta. É uma espécie de deve e haver. Cada mundo dá de si o melhor ao outro e é então aí, que cada um deles, mundos, se preenche.

Disso é feito a amizade, o companheirismo, o amor e as relações mais básicas entre mundos. Tenho tido a sorte de que o meu mundo tenha positivamente tocado outros mundos e de por sua vez, também o meu mundo por eles ter sido tocado.

Nos tempos difíceis da actualidade onde muita coisa está mutada, onde a inversão de valores se vê cada vez mais em destaque, está complicado a cada dia que passa, encontrar mundos cada vez menos desinteressados.

Por fados da vida, esta intersectou o meu mundo com outros mundos também eles desinteressados, através de interacções que profundamente eu agradeço.

Analisando o meu mundo a frio e recentemente interceptado, atesto que cada vez mais vejo irem rareando intercepções desinteressadas, de mundos desinteressados.

Será que tais mundos, afeiçoados e despegados de interesse, tenderão em breve a desaparecer?

Será que dentro em pouco tudo não passará a ser jogos de conveniência, entre mundos?

Será que as intersecções que provocam interacções, tendem a passar a ser uma hedionda convivência entre mundos, tal casa dos segredos?

Será que pelo fruto da conjuntura actual, estaremos próximo da guerra dos mundos?

Não gosto do que vejo, não gosto mesmo nada do rumo que este mundo está a tomar e cada vez mais me convenço, que o “Alien”, sou eu.

sábado, 24 de setembro de 2011

Como Cão e Gato II



Gostava que isto não fosse o jogo do cão e do gato, em que um dá um unhada e em troca recebe uma dentada.
Gostava de ter resposta para tudo.
Gostava que as soluções não falhassem, por isso são soluções.

Na base das imagens estabelecidas e na tentativa de desenvolver perspectivas, tento sempre descobrir o futuro e não raras vezes, falho.

A vida devia ser sempre entendida de forma positiva, mesmo naqueles momentos em que de positivismo nada existe, mesmo naqueles momentos em que nos cai o mundo aos pés e nos perguntamos onde falhamos, ou porque vacilamos durante o trajecto traçado.

Os desafios que nos são colocados diariamente, leva-nos várias vezes a interrogações descabidas e a por em causa, determinadas premissas que considerávamos inalteráveis. Será tudo isso um teste que a própria vida nos propõe? Será que tudo isso servirá para que nos tornemos mais fortes? Será que tudo isso acontece para nos pôr á prova? Será que de facto existem entidades superiores e se existem, porque acontece o que acontece?

A felicidade tem como sinónimo o bem-estar, a alegria, o contentamento e a harmonia em todos os aspectos. Mas será que as divindades existem? Se existem, porque existe tanta infelicidade em gente a quem deveria ser dada a oportunidade de ser feliz? Porque existe tanta insatisfação, inveja e descontentamento? Será que os Deuses nos quererão infelizes? Ou será que está tudo aqui e somos nós que gerimos mal aquilo que nos é dado? E aqueles que tudo têm para ser felizes, porque desperdiçam essa oportunidade?

Não me refiro ao vil metal, mas tão só á relação que cada um tem consigo mesmo e com os outros, especialmente com os mais chegados, sejam eles parentes, amigos, ou tão só conhecidos. Todos nós conhecemos pessoas que estão de mal com o mundo, porque estão de mal consigo mesmo. Claro que o vil metal é uma ajuda, mas não é a solução e muito menos me refiro ao lado material da questão.

Amiúde e ao primeiro contacto, algumas das pessoas que vamos conhecendo pela vida fora, ou mesmo outras que conhecemos bem, sabemos ter algo de errado talvez por estarem de mal com elas próprias, não raras vezes até elementos da família.

Mas o que os leva a todos eles a desistir de procurar a felicidade? Será que o serem infelizes, tem a ver com a falta de espiritualidade?

Eu tenho as minhas crenças espirituais. Tenho-as porque preciso de acreditar que a minha energia e a de todos os seres vivos da natureza, não se perde quando se morre e que ela será canalisada para um outro lugar, para um outro estádio de consciência.

Acredito porquê? Porque tenho de acreditar, porque é esse acreditar que me dá forças no dia-a-dia para não vacilar quando vacilo, porque é a energia desse acreditar que me dá forças para continuar quando as não tenho, porque esse acreditar permite-me ficar de bem comigo mesmo quando comigo estou danado, porque é esse acreditar que faz com que eu tenha alento e me permite também transmiti-lo aos que me rodeiam quando ela a mim me falha.

Um conselho de mãe que me foi transmitido é “por mais problemas que tenhas, por mais desanimado que andes, quando saíres á rua levanta a cabeça, ergue o tronco, estica os ombros para traz, levanta os olhos ao céu e vais ver que nesse dia, tudo vai correr bem melhor”. É mesmo mãe, ser positivo é meio problema resolvido.

Mas a questão mantem-se.
A razão pela qual, aqueles que não são felizes quererem ver os outros infelizes, é para que na sua infelicidade, vendo a infelicidade dos outros, possam ser mais felizes.

E tanto os há assim! Deveria haver uma lei que os proibisse de fazer os outros infelizes, com pena de cadeia se não tentassem ser, minimamente felizes.

Mas afinal, onde começa a felicidade e como se pode quantificar e fazê-la crescer?
Entendo que está dentro de cada um de nós e que deve ser decifrada de acordo com a fé, a consciência e os princípios de cada um, desde que isso não sirva para fazer os outros infelizes.

A minha mensagem é:

Que vai hoje você fazer para ficar mais feliz, fazendo alguém mais feliz também?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Como Cão e Gato I

Obrigado Armindo.
Esta tinha de vir para aqui e deu-me um mote delicioso para dissertar sobre isso.
O capítulo II vira logo, logo, falando sobre os cães e os gatos que encontramos por esta vida fora.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Basta!


Conheces-me bem e sabes que assim sou, pessoa de princípios, que quando toma uma decisão, difícil será voltar atrás e para o bem e para o mal, especialmente naquelas decisões pensadas, maceradas e objectivadas pelo tempo.

A relação que mantemos firme desde 1976, embora tudo tenha começado um ano antes com fugazes encontros, está a chegar ao fim. Não te lamento, mas também não te júbilo.

Foste o meu companheiro de estrada durante anos e anos e estiveste ao meu lado nos bons e maus momentos.
Lembro-me bem de quem foste nas minhas longas noites de estudo para os exames da faculdade; aconselhaste-me quando conheci a mulher com que decidi passar a perpetuidade; estavas ao meu lado quando me casei; foste o primeiro a quem contei que haviam nascido os meus filhos; lamuriei-me a ti com a partida dos meus mais queridos; acompanhaste-me nas boas e más decisões que tenho tomado pela vida fora e foste, umas vezes em maior ou menor número, sempre presente.

Deste-me muito, mas também tudo te dei de mim física e mentalmente, talvez bastante mais do que imaginas ou poderias afirmar, se tal te fosse possível.
Recordo-me de algumas vezes que por ti fisicamente quase me anulei, especialmente quando tentava ultrapassar os meus limites e mais longe chegar eu tentava. Vinhas em forma de catarro, em forma de fadiga, ou numa tosse ininterrupta que por vezes me enevoava o espírito quando eu de ti exagerava.

Foste companheiro de noitadas divertidas em convívio ameno em bares e discotecas e apreciaste a maior ou menor seriedade das conversas em jantares com amigos comuns; contigo fiz parcerias em transformadas situações, algumas até liminarmente conflituosas; desde aquele dia…, naquele ano…, acompanhaste-me para todo o lado até mesmo em reuniões importantes quando ainda te era permitido estar presente; fizemos juntas longas caminhadas e extensas viagens de avião, onde por vezes te perdia e logo te buscava em qualquer “free shop” para que juntos retornássemos a casa, em doses de unidades industriais; eras companheiro fiel nas noites mal dormidas quando, a meio delas, me levantava e clamava pela tua presença.

Dizem-me e sei que é verdade que nos últimos meses tenho de ti abusado, mas tudo isso é o fruto do stress que me originam os projectos novos que tardam em encontrar o seu caminho, mas também pelos antigos que adiam ou logram as expectativas que deles mentalizei. Mas digo-te firme e garanto-te que não será por muito mais tempo que te vou ter como companheiro. Resolvidos os problemas e finalizados os objectivos, que há muitos mas muitos meses me propus, garanto-te que te vou apartar.

Poderás pensá-lo, mas nada tem a ver com o facto de te teres inflacionado da forma que o fizeste nestes últimos anos. Não será por isso, mas deixar-te-ei sem mágoa alguma. Digo-te que o prazer que me davas pela tua companhia e pelo vício em que te transformaste, deixou de me agradar e deliciar. A sensação de que quando te respirava éramos um só, acabou, não existe, suporto-te porque tem de ser. Mas porque teremos de conviver se, do que exista da nossa relação, já quase nada resta?

Odiado por uns, amado por outros, a cada dia que passa és proibido de frequentar um, e mais um, e mais um lugar. Por cada lugar que te impedem de frequentar, mais difusão fazem de ti. Dizem ainda que a cada dia que passa és cada vez menos solicitado, quando eu acho que é só para de ti fazerem publicidades que o afirmam, e as estatísticas até o comprovam.

No que a mim diz respeito, as conversas que hoje em dia mantemos são já vagas de conteúdo, quando antes eram perenes e recheadas dele. E é estranho estar na tua companhia e por onde quer que passe ver o teu nome…, sim o teu nome… o teu nome em tablóides e esses cada vez mais em tons de vermelho, e cada vez menos em tons de azul. Por mim, nada existe contra o vermelho…, embora prefira o azul do céu mas…

…mas será que vejo a teoria da conspiração onde ela não existe, ou a cada dia que se transpõe e te proíbem ainda mais, tudo isso é feito quiçá, na ânsia de por ti aumentar a dependência, pois o fruto proibido é o mais apetecido?

Tentei já por duas vezes abandonar-te e sempre voltei, cabisbaixo, remoído pelo sentimento de culpa e pelo desânimo de não te ter deixado, tal dependurado no último suspiro, e ouvindo as vozes circundantes denunciando o culpado na corda.

Acho que desta vez não haverá retorno!
Não quero permitir-me cair novamente na tua tentação, enredar-me na tua teia, estar dependente de ti todo o dia e até por vezes de noite; quero fugir de ti e não tornar novamente a uma companhia que eu sei, dela querer libertar-me.

Vou querer ser mais puro sem ti.
Vou querer correr novamente sem te ter a sair-me das entranhas como um corpo estranho entalado na garganta.
Vou querer levantar-me de manha e não me sentir cansado e não mais cansado ficar, logo após o café da manhã, só de em ti pensar porque não estás presente.
Vou não mais correr arfante para te encontrar na primeira banca, no primeiro estabelecimento, no primeiro quiosque, como se sem ti…, eu nada fosse.

Por tudo isto..., e por muito, mas muito, muito mais…, brevemente este teu velho companheiro vai abandonar-te.
E dentro de pouco deixarás de fazer parte da minha vida, em definitivo.

Ficará para a memória a recordação das caminhadas que fizemos juntos e nelas, a minha submissão por ti.

Dentro de pouco…, muito em breve…, estarás sem mim meu parceiro…, meu cigarro.

Basta!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

porque...

Porque é cantada com sentimento, porque é descrita na primeira pessoa, porque conheço alguém que a canta tão bem e da mesma forma, porque faz-me sentir bem quando a ouço, porque sem música a vida seria muito plana, porque…


terça-feira, 6 de setembro de 2011

…ponto de luz!

Tens dias, mesmo quando à imaginação te aflora uma série de sentimentos…, contraditórios…, de sedição…, uns disformes e outros…e tens dias assim…, nevados.

Decides-te a aguardar que te decidas urgente a avançar.
Refreias o motim que te circula nas veias. Esse que a cada dia que passa te desbota as extremidades capilares e te traz á ideia a tomar certas disposições que considerarias menos abonatórias de ti mesmo, se as tomasses.

Mas receias-te desse motim, da passagem de ideias mosqueadas a quente, dos sentimentos á velocidade da luz…, e tudo porque és forçado e obrigado a esperar…, e porque tudo se passa a teu não querer.

Procuras-te com apego e insistes em descobrir-te todos os dias, teimando e persistindo em reaveres esse equilíbrio, esse…ponto de luz!


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

...não vem só mau vento e mau casamento

Este vídeo chegou-me através do meu amigo Rui M.
Tão-somente é uma reportagem de 56 minutos realizados pela televisão Espanhola.

Talvez não me merecesse tanta atenção não fosse tratar-se de um vídeo sobre Portugal, realizado por Espanhóis, promovendo um País vizinho e seu grande rival na história.

Vala a pena vê-lo! http://vimeo.com/13089042

Afinal, de Espanha, não vem só mau vento e mau casamento.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Pessoas Grandes que têm sempre tempo

Hoje é aquele dia em que á semelhança do que se passa noutros idênticos, dia do Pai, dia da Mãe…, lembro aqueles que me eram muito queridos…, os meus Avós.

Não que não me lembre amiúde e quase diariamente de todos eles, em especial do meu Pai e da minha Mãe muito em especial,…mas também dos Avós, e de uma tia querida…ah…que saudade da minha tia Margarida…, mas hoje em particular recordo aquela maneira de ser tão especial e a forma tão peculiar com que me tratavam os meus Avós, principalmente a minha Avó materna e o meu Avô paterno.

Infelizmente fiquei muito cedo sem eles, os meus Avós, mas mesmo assim marcaram-me profundamente a memória e o meu ser. Mais tarde, já grandote e namoradeiro tomei, como meus, os Avós da mulher que elegi para passar a eternidade a meu lado.

Saudade imensa que tenho daqueles velhotes que desde o início me adoptaram como seu neto de verdade. E o quanto aprendi da vivência com o Avô Artur e a Avó Margarida, e como enchia a casa quando eles estavam presentes, e como era bonito vê-los juntos, e sempre a quezilarem um com o outro…,e como me divertia com eles…e…

Vem-me uma nostalgia enorme desses tempos, não porque eu mesmo um dia hei-de ser Avô e se Deus quiser, o mais babado de todos, mas porque só a presença deles era segurança, experiência, pilar familiar, palco de repouso, de paciência, mural de compreensão e por vezes de lamentação, a garantia de que se houve um passado também haverá um futuro.

Os avós sempre vêem os netos como meninos. Mesmo que com 50 anos, para os Avós somos sempre meninos. E que bom que é ser menino, quando se é adulto, por se ter os Avós presentes.

O amor deles é sempre incondicional e desprovido de interesse. São uma árvore desgastada pelo tempo que dá a melhor das sombras, no meio de um descampado, são um oásis quando aparece o deserto na vida, são os que dão sem pedir nada em troca.

Todos nós somos a extensão dos nossos Avós e lembrem-se que sem a sua existência, nós não existiríamos.

Hoje, dia dos Avós, façam um favor a vós mesmo.
Vão visitar os vossos Avós, nem que seja por 5 minutos e digam-lhes, “obrigado por serem meus Avós”.

A meu ver, a definição que melhor enquadra na perfeição e que melhor define a palavra Avós é

“Pessoas grandes que têm sempre tempo”

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!

Recebi há momentos de um amigo, um mail bastante interessante. Eu chamar-lhe-ia "Show de Samba" se um título me fosse pedido. Não podia deixar de postar uma resposta verdadeiramente inteligente, divertida e um verdadeiro "bate barbas" educadíssimo nos americanos!

SHOW DO EX-MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM VISITA AOS ESTADOS UNIDOS
Durante debate numa universidade dos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu a sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.

Só nossa!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Momentos de Glória



Todos nós procuramos momentos especiais.
Se pudéssemos e estivesse ao nosso alcance, os teríamos a cada hora, a cada minuto, a cada segundo..., a cada iat de tempo.
Não todos pelas mesmas razões, pela melhor forma..., melhores motivos...

Mas procuramos sempre ser honrados e fieis aos nossos princípios.
Tentamos dignificar o clã familiar ou clãs de amizade a que pertencemos.
Testamos a vitória nas lutas que travamos diariamente.
Caçamos a melhor formação, ou tentamos obter a melhor educação.
Revistamos o melhor caminho a seguir.
Vasculhamos o melhor emprego.
Indagamos sobre um futuro mais próspero.
Buscamos o paraíso, aquela imagem formada por nós ou induzida nas nossas mentes.
Catamos e esgravatamos para tudo isso conseguir e obter..., a estabilidade.

Inicialmente gravada em 2000 com a German Film Orchestra Bedelsberg, transmite-me esta música sentimentos muito especiais. Passados tantos anos prende ainda a minha atenção.

Evolução, liberdade,  alegria, amor, amizade, inspiração... valores e sentimentos que muitos vão perdendo com o tempo, com a idade, com as amarguras da vida, e que incondicionalmente encontramos..., nos olhos de uma criança.

Mas afinal, o que todos procuramos são...,
Momentos de Glória.

  
Moment Of Glory - Scorpions - Composição: Klaus Meine

A moment of glory called evolution
Could I see the world with the eyes of a child
A new beginning, a moment of freedom
Like angels are singing a song full of joy

This side of heaven
Belongs to the children
I will be there, when the future arrives

A moment of glory called evolution
Could I fly away like a bird in the sky
No limitation, a new inspiration
A world that is free just as free as my mind

Communication
A new destination
The planet of visions is calling tonight

Another thousand years seems so long
I'm just a passenger
And the ride has just begun

Moment of glory

A moment of glory called evolution
Could I see the world with the eyes of a child
A new beginning, a moment of freedom
Like angels are singing a song full of joy

This side of heaven
Belongs to the children
I will be there, when the future arrives

Moment of glory
Moment of glory
Moment of glory
Moment of glory

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A minha revolta, é a minha força!


Vindo-me da camada mais profunda da pele, aflora-me um sentimento de revolta, motim, indignação, repulsa, raiva, cólera, desprezo, desdém e todos os outros sinónimos destes substantivos.

O último acontecimento relacionado com o “rating” da nossa economia nacional leva-me, uma vez mais, a lançar as questões de “a quem serve esta crise?”, “o que pretendem uma tal de Moody’s, uma tal de Fitch e não sei quantas mais?”, “que faz no entretanto o banco central Europeu?” e a “quem servem?” essas empresas privadas que estruturalmente agravam governos e Países a seu belo prazer, de um dia para o outro.

Sabemos que a dívida pública Portuguesa passou de 151.775.342.778,90 € (151 mil milhões de euros) em Dezembro de 2010 para uns “míseros” 164.347.649.580,02 € (164 mil milhões de euros) em Maio de 2011. Sei bem que são algarismos a mais nesses números, mas temos é de arrumar o nosso “domicílio” com ânimo e digo e repito uma vez mais, com extremo rigor mostrando o que somos, um País de bem e grandioso, como sempre o fomos desde o ano de 1143 e um dos mais antigos do mundo.

Com este núncio de Teixeira dos Santos e José Sócrates, sabemos que estamos muito mal e não precisamos que mais ninguém nos venha dizer continuamente o mesmo, figuras públicas Portuguesas incluídas, agravando cada vez mais o nosso humor, ego e orgulho nacional. Sim porque podemos ser um povo que se deprime com facilidade, quiçá por causa da amálgama de maus governantes que temos tido, mas no que toca ao brio pátrio…, somos a analogia da loba com as crias.

Só mesmo e a título de “revenge”, não que fosse solução mas ajudava ao ego se tal fosse possível, mandar prender alguns desses senhores através de acusação judicial com base numa gestão danosa do País e dos dinheiros públicos.

O senhor Pier Carlo Padoan, secretário-geral da OCDE para os assuntos económicos (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), economista de profissão, veio hoje a lume, e muito bem, dar uma valente machadada nessas tais denominadas “agências de rating”.

Diz então Pier Padoan, que essas agências de “bitaites” só agravam a crise. São como se fossem profetas apocalípticos, formulando vaticínios para o dia seguinte. Em vez de passarem informações, manifestam a sua opinião apressando as tendências, algumas já em curso como é o caso da Grécia, agravando tendencialmente a crise existente.
E não é que é verdade?
De imediato os juros da dívida Portuguesa ultrapassaram os 13% nos empréstimos a 10 anos, graças a esses “bitaites”.

Ainda o governo não aqueceu a cadeira e já estes senhores nos querem enterrar…, ainda mais. Quererão eles, e penso que querem, que sejamos um espelho da Grécia no que a convulsão social diz respeito? Não saberão eles, e penso que sabem, que as medidas tomadas necessitam de tempo para fazer efeito? Desejaram eles, e penso que desejam, que a nossa economia se afunde cada vez mais e que o País não possa crescer para sair desta malvada crise?

Voltando atrás…,
…a quem serve esta crise?
Esta crise serve em especial e basicamente os Estados Unidos, a França e a Alemanha.

O que pretendem a Moody’s e a Fitch e a quem servem?
A Moody’s e a Fitch servem basicamente os interesses Americanos e pretendem a queda do Euro face ao Dólar. Não somos só nos e a Grécia neste momento pois também a Espanha está na mira destes cavalheiros, a avaliar pelos seus “bitaites” de ontem.

Que faz o banco central Europeu?
Vai na onda, aumentando as taxas de juro, valoriza o Euro, e toma medidas que servem basicamente a França e a Alemanha.
A esta hora, 1 €uro equivale a 1,434 U$D, mas em Janeiro deste ano, 1 €uro equivalia a 1,29141 U$D (http://www.yahii.com.br/euro.html), confirmem! A guerra ao dólar foi declarada há uns anos com a expansão da Europa Comunitária e como qualquer acção provoca por efeito uma reacção, a prova está á vista anos depois.

Medidas de precaução não foram tomadas convenientemente para salvaguardar os países mais pequenos, bem pelo contrário, basta ver o nosso caso Português onde se recebia dinheiro para abater produtividade.

Será que tudo isto é feito ao acaso, ou terá tudo a ver com aquele ferrete de que está em curso uma nova ordem mundial e de que tudo isto, é muito mais vasto do que imaginamos? Será que a teoria da conspiração de que um grupo poderoso, secreto, deseja governar o mundo baseado na ideologia de uma moeda única, uma religião única, e na unificação da humanidade sobre o seu domínio, será que tudo isso é ou não é somente, teoria e ficção?

As notícias do último mês sobre um tal de DSK e um sério assunto de assédio sexual num hotel, figura pública ligada á economia mundial (mais uma vez a economia…), é só mais uma que dá que pensar.
Que o dito cujo não é “flor de cheiro” disso não teremos dúvidas, mas que deu um certo jeito a algumas pessoas…!

Será que ninguém está a defeso hoje em dia e á semelhança do que se passa a outros níveis, não se olha a meios para atingir os fins, levando na enxurrada tudo e todos os que se lhes opõem?

Eu já não acredito que o mundo é como nos contam.

A minha revolta, é a minha força!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Adversidade


Todos nós já sofremos na pele os seus efeitos e creio não existir ser algum á face da terra que, com mais ou menos profundidade, tenha sofrido alguma derrota por mais temporária que essa fosse.

Fruto de erros passados ou presentes, esse substantivo feminino que caracteriza situações de risco, infortúnio ou desgraça, traz contudo na sua cauda o benefício da experiência e a certeza de que a aprendizagem através do erro pessoal, evolui para que no futuro os mesmos erros não se repitam. Tropeçar e seguir em frente é o que faz uma criança quando dá o primeiro passo. Todos os erros são duelos.

Com mais ou menos adversidade nas nossas vidas, há que saber entendê-la e dar a volta, como se um barqueiro fosse e remando contra o vento e a corrente.
È universal ou quase, de que um caminho sem obstáculos não leva a lado nenhum, embora que por vezes seria bom se menos os houvesse, pensamos nós e bem.

Contudo, tudo isto tem menos sentido quando somos levados para onde não queremos, talvez por força dos acontecimentos, por termos perdido o controlo, por sentirmos que tudo escapa ao nosso domínio e somos levados onde não queremos ou nunca pensamos ir. A solução é fazer das fraquezas as nossas forças, atacar a situação de frente e não ficar imóvel perante o perigo á espera que ele passe, porque ele não passa e só se vai agravar cada minuto.

Claro que a primeira reacção é de frustração e muito mais ainda quando se sabe que a nossa contribuição sempre foi contrária ao acontecimento e é nessa altura que perguntamos “porquê”. È então nessa altura que devíamos parar, esfriar os sentimentos, ponderar o custo que criamos e minimizar a perda que teremos. Claro que nem sempre o fazemos, malgrado o estado de espírito no momento quando perante o acontecimento, reagimos diferentemente.

Arruinados somos e parvos seremos se não aprendemos com a desgraça e é nesses momentos adversos, inesperados, controversos, de pressão e amargos, que vemos nascer muitas das vezes aquelas forças que desconhecíamos ter, as capacidades que pensávamos não existir, quando descobrimos por vezes uma nova dimensão de nós mesmo. È nesses momentos que crescemos por dentro e que nos dimensionamos de novo, melhor e bem mais alto porque só se acredita na claridade, quando faz noite.

Há que ser positivo, cuidar de nós, dos nossos e do que fazemos e em especial, tentar faze-lo da melhor forma possível sempre de consciência tranquila, com trabalho e rigor. E aprender, aprender muito, preferencialmente com os erros, mudando o que há para mudar e construindo a partir daquilo que restar. Todas as barreiras foram criadas para se abater, senão, porque existiriam?

O mal de quase todos nós é que prefere ser arruinado pelo elogio, a ser salvo pela crítica (Norman Vincent).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O MEDO


Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada (Sun Tzu).

Por mais crítica que seja a situação e as circunstâncias em que nos possamos encontrar, o melhor é não desesperar. Estaremos irremediavelmente perdidos se naquelas ocasiões em que tudo ou quase tudo nos inspira temor, baixarmos os braços e nos deixarmos abater.
Sei que não é fácil, mas há que lutar nestas alturas contra nós mesmo.

O medo consome-nos, paralisa-nos, mata-nos lentamente, destrói-nos e cresce até ao limite. O medo é um processo mental que se reflecte no corpo. É ele que está por detrás do fracasso, das relações humanas e amiúde da doença.
Do medo ao pânico existe um ténue véu.

Quase sempre, quando estamos com medo mais ou menos legitimados, cruzamo-nos com aquele esperado caminho libertador e não o reconhecemos, portanto há que ter confiança, levantar o ego e manter a expectativa na esperada mudança.

Claro que os únicos que não podem ser derrotados, são os que nada têm a perder, daí os medos e os temores aparecerem aos restantes. Também o que é desconhecido provoca medo, daí que quando aparecem as surpresas, aquelas pérfidas surpresas especiais para as quais nunca se está preparado, a primeira reacção seja o medo.

O medo é tão-somente o alerta do nosso corpo aos estímulos físicos ou mentais. Ele está entre a ansiedade e o pavor e pode transformar-se em algo degenerativo fisicamente. Lentamente vai-nos absorvendo e corroendo se não lutarmos em contrário para diluirmos ou enfrentar esse sentimento de inquietação perante um perigo real ou imaginário.

A solução para tratar desse inimigo que é o medo, passa por cinco acções a tomar:

- Mentalizar o medo.
- Interpretar o medo.
- Enfrentar e Canalizar o medo.
- Transferir a energia do medo para o objectivo que desejamos obter.
- Estabilizar o medo.

Quando nascemos, só existem dois medos que nos são inaptos: o medo de cair e o medo do barulho. Todos os outros fomos adquirindo ao longo do nosso crescimento. O medo normal é bom pois ele permite-nos estar alerta e em seu devido tempo sermos avisados pelo nosso subconsciente. O medo anormal é mau e destrói-nos, é obsessivo e cria complexos.

Ter medo é normal mas não é pacífico.
Ando pessoalmente numa fase em que dou mais atenção aos meus medos e em que estou a trata-los eu mesmo. Chega um ponto em que temos de dizer chega e de os enfrentar pois sei que se assim não for, eles vão acabar por corroer as entranhas, por me transformar, por digerir e carcomer-me a já pouca boa disposição que me resta.

E vocês…, estão a dar devida atenção aos vossos medos?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tem dias!


Tem dias que sim, têm dia que não, mas por vezes cada dia é diferente de tão igual o ser e…, dou-me mal com isso.

Dou-me mal com o desespero, tal grilheta do condenado com destino traçado, mesmo sendo a pena a mais gaiata das opções, embora saiba que com ele se constrói o carácter.

Dou-me mal com a pancadita nas costas pois por vezes o escaldão é tão forte, que por mais amiga que ela seja, essa pancadita magoa sempre demais. Sei contudo que a solidão não constitui alimento, mas apenas jejum” (Will Durant).

Dou-me mal com a falsidade encoberta pois um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir o corpo, mas um falso amigo irá ferir a alma." (Buda)

Dou-me mal com a injustiça pois “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar." (Martin Luther King)

Dou-me mal com o rir por fora e chorar por dentro pois quem conhece o verdadeiro sorriso, sabe que nem sempre os palhaços são felizes.

Dou-me mal com a miséria pois sei que “não se pode pensar bem, amar bem, dormir bem, quando não se jantou bem”. (Virginia Woolf)

Dou-me mal com quem é pedante pois sei que esses…, são barreiras ao conhecimento e ao desenvolvimento.

Dou-me mal com a má educação, ou a falta dela, embora saiba que ela tem como base os maus exemplos.

Dou-me mal com os maus políticos e governantes, mas a gargalhada e o desprezo é a única critica que me merecem.

Dou-me mal com a economia actual, e sei que “os intelectuais fazem a teoria e as massas, a economia”. (Albert Camus)

Dou-me mal com quem diz que tem o dever cumprido, sem que sequer se tivesse esforçado a o fazer, ou se esforçou somente em proveito pessoal. Sei que “o dever cumprido decorre da necessidade de se entrar em acção, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa”. (Madre Teresa de Calcutá).

E tudo depende da esperança.
Da esperança de melhores dias, ou da mesma para dias melhores.

Mas depende da forma com que nos movemos, da força que as noites…, por vezes mal dormidas…, nos proporciona acordar naqueles dias mais ou menos alegres, com mais ou menos disposição.
E por muita chuva que venha a cair, ou por mais alegre que seja o sol que venha a raiar, essa esperança só depende mesmo de cada um de nós.

Depois, as opções que tomamos…, já eram.
Resta levantar a cabeça, endireitar os ombros, arrumar a casa, minimizar os danos e partir para um novo desafio.

Dou-me mesmo mal com muita coisa mas…, tento sempre dar-me muito bem..., comigo próprio!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A mudança


Portugal escolheu!
Escolheu bem a meu ver não dando a maioria a nenhum partido.
Varreu a casa da melhor forma.
Premiou a esperança e o bom senso, tal enforcado na corda á espera que esta parta quando se abre o alçapão.

Atirou às malvas quem mereceu e machadou contundentemente quem logrou.
Dane-se e desengane-se quem pensa que somos asnos e que vamos eternamente em cantigas, que podemos ser sempre enganados e que quem o faz…sai impune. Bem…, até sai.

Passou ao lado de muita gente mas, a semana passada, um tal célebre processo foi arquivado. É só mais um escândalo sem culpa formada.
Mesmo a tempo não é? Pois…, muito conveniente e uma vez mais o delito fica sem ser punido.

Mas fiquei boquiaberto.
O funeral ainda tinha começado e já havia um abutre a subir e descer, bem com o olho em cima da carcaça…, não fosse ela arrefecer. Morre um incompetente e já outro se perfila, mas esse conheço-o eu. Oportunista!

Faz tempos confrontei-o num restaurante em Nelas, de seu nome os Antónios.
Coitadinho, esqueceu de quem há uns anitos…, lá para os lados do Café Itália…, lhe safou as costas. E até que nem mudei muito de fisionomia segundo dizem, mas o pobre coitado não me reconheceu, jogou pelo “seguro”. Quando numa onda de sacanito lhe avivei a memória, mexeu-se na cadeira, piscou os olhitos e parecendo um puto comprometido responde “não me lembra…”. Ai se fosse hoje…, bem que eu virava as costas e deixava que levasses umas lambadas bem assentes, talvez ganhasses juízo.

Mas isto está mau, claro que está e é capaz de agravar ainda mais.
Mas já fomos capazes de virar a agulha noutros tempos e vamos consegui-lo outra vez.
Não sem danos colaterais e…, muitos irão padecer e sem ter culpa de tal, apanhados de surpresa numa teia que até parece feita de propósito e á media.
Dá que pensar mas…não se deve morrer na praia, eu pelo menos não quero tal.

Agora é unir as hostes e trabalhar, tocar o barco que está encalhado, premiar quem é honesto e competente e combater aquilo que todos andamos a lamentar faz tempo.

A assim não ser…

sábado, 21 de maio de 2011

BITAITES

                             
(horas de trabalho semanal por País na UE)


Imaginemos o seguinte cenário:

Um dos nossos amigos passa por uma dificuldade financeira.
Em conversa pede ajuda para resolução do seu problema.
Pede-nos a nós e a outros membros do grupo onde estamos integrados.

Reunido o grupo que, em consenso, decide ajudar com certo montante que sabe-se ser determinante á solução, mais ou menos imediata do problema.

Imaginemos agora que um dos elementos do grupo, logo após a decisão e acordo nessa ajuda, decide proferir determinados “bitaites” sentindo-se no direito de se imiscuir directa ou indirectamente, na vida desse nosso amigo.
Proferindo e enunciando-se em público sobre o modo como age junto do seu seio familiar, sentindo-se no direito de ditar conceitos impróprios, inadequados e inexactos.

Pergunta: Como se deveria catalogar tal tipo de pessoa?

Este exposto vem a propósito de uma declaração da senhora Merkel, chanceler Alemã, no que á idade da reforma e às férias portuguesas diz respeito.
Ainda há pouco foi aprovada a ajuda a Portugal e já esta senhora vem proferir “bitaites” em casa alheia.

1º Não é verdade que os Portugueses se reformem mais cedo que os Alemães, e sim ao invés ser verdade.
2º Por outro lado os Portugueses trabalham mais horas por ano que os Alemães, conforme demonstra o gráfico do Jornal de Negócios.
3º A Alemanha é campeã com o maior número de férias e feriados por ano, num total de 40,5 dias. Quanto aos dias de férias são 30.
4º Os dias de férias em Portugal são 22.
5º A Áustria, a Dinamarca, a França, o Luxemburgo, a Suécia e Malta, têm mínimos superiores ao de Portugal, num total de 25 dias e inferiores aos da Alemanha.

A senhora Merkel explica com as suas infelizes observações que:

1º Demonstra ser bastante ignorante.
2º Apresenta nos seus conceitos fraca preocupação com a União Europeia e que não está a par da realidade Portuguesa. Nós já trabalhamos mais horas diárias que os Alemães e já nos reformamos mais tarde. Demonstra a senhora Merkel uma vez mais, ser ignorante.
3º Indica com as suas afirmações que não se preocupa minimamente com a coesão social dentro da União Europeia; não é também minimamente conhecedora das realidades dos Países seus congéneres dentro da UE, portanto é ignorante uma vez mais.
4º Não sabe fazer contas pois erra e persiste no erro mais do que uma vez e em várias situações, manifestando ignorância.
5º Por último, gosto da sua ignorante afirmação quando diz que “Países como a Grécia, Espanha e Portugal não podem produzir reformados antes da Alemanha”(sic).

Proponho que se lhe ofereça um daqueles cursos de formação profissional com equivalência ao 12º ano, talvez mais direccionado para a área da álgebra, também talvez com alguma disciplina vocacionada para a área social, também talvez alguma delas na área educativa de boas maneiras, bons costumes e solidariedade de grupo.

A Alemanha está neste momento no ponto que mais desejou e ao qual sempre aspirou e ambicionou, o ser senhora da Europa.
Foram inteligentes os Alemães ao perceberem que após duas guerras mundiais, a única forma de criar subserviência era através do poder económico.

E que contentes estavam os nossos governantes, sim…todos eles…, quando recebiam os dinheiritos da EU e todos contentes obrigavam a abater tecido empresarial nas pescas, na agricultura e na indústria.
Não só os governantes mas também os sindicatos, ou a grande maioria de vós já se esqueceu dos escândalos que foram abafados com os cursos de formação profissional com dinheiritos da EU,…sim os tais ministrados pela alçada dos sindicatos?

Hoje vêem-nos dizer contudo que não somos competitivos, que não somos produtivos, que é preciso investir nos diferentes sectores indústrias da economia, apelando aos empresários a investirem.
Pois…,”rezemos a Santa Bárbara que está a trovejar”!

Por tudo isto, restam-me dois comentários:

Em relação aos nossos políticos, já que esta situação económica em que nos encontramos foi criada por eles, com conhecimento de muitos organismos oficiais, banco de Portugal incluído, sob o olhar atento da banca que a todos nos esperava na curva seguinte.
Portanto, danem-se e entendam-se, a vossa função e dever é retirar-nos do buraco onde nos meteram.

Em relação à senhora Merkel, comentando que admito a pouca inteligência que cada um pode ter já que Deus, pode não ter sido igualmente atencioso com todos por igual nessa matéria.
Contudo, sinceramente uma das coisas que mais me irrita é a ignorância, e essa…não tem nada a ver com inteligência.

Finalizando, como não mando na casa dos outros, não gosto que dêem “bitaites” na minha!