terça-feira, 14 de junho de 2011

Tem dias!


Tem dias que sim, têm dia que não, mas por vezes cada dia é diferente de tão igual o ser e…, dou-me mal com isso.

Dou-me mal com o desespero, tal grilheta do condenado com destino traçado, mesmo sendo a pena a mais gaiata das opções, embora saiba que com ele se constrói o carácter.

Dou-me mal com a pancadita nas costas pois por vezes o escaldão é tão forte, que por mais amiga que ela seja, essa pancadita magoa sempre demais. Sei contudo que a solidão não constitui alimento, mas apenas jejum” (Will Durant).

Dou-me mal com a falsidade encoberta pois um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir o corpo, mas um falso amigo irá ferir a alma." (Buda)

Dou-me mal com a injustiça pois “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar." (Martin Luther King)

Dou-me mal com o rir por fora e chorar por dentro pois quem conhece o verdadeiro sorriso, sabe que nem sempre os palhaços são felizes.

Dou-me mal com a miséria pois sei que “não se pode pensar bem, amar bem, dormir bem, quando não se jantou bem”. (Virginia Woolf)

Dou-me mal com quem é pedante pois sei que esses…, são barreiras ao conhecimento e ao desenvolvimento.

Dou-me mal com a má educação, ou a falta dela, embora saiba que ela tem como base os maus exemplos.

Dou-me mal com os maus políticos e governantes, mas a gargalhada e o desprezo é a única critica que me merecem.

Dou-me mal com a economia actual, e sei que “os intelectuais fazem a teoria e as massas, a economia”. (Albert Camus)

Dou-me mal com quem diz que tem o dever cumprido, sem que sequer se tivesse esforçado a o fazer, ou se esforçou somente em proveito pessoal. Sei que “o dever cumprido decorre da necessidade de se entrar em acção, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa”. (Madre Teresa de Calcutá).

E tudo depende da esperança.
Da esperança de melhores dias, ou da mesma para dias melhores.

Mas depende da forma com que nos movemos, da força que as noites…, por vezes mal dormidas…, nos proporciona acordar naqueles dias mais ou menos alegres, com mais ou menos disposição.
E por muita chuva que venha a cair, ou por mais alegre que seja o sol que venha a raiar, essa esperança só depende mesmo de cada um de nós.

Depois, as opções que tomamos…, já eram.
Resta levantar a cabeça, endireitar os ombros, arrumar a casa, minimizar os danos e partir para um novo desafio.

Dou-me mesmo mal com muita coisa mas…, tento sempre dar-me muito bem..., comigo próprio!

2 comentários:

  1. Havemos de nos dar mal com tantas outras coisas, mas a Vida é mesmo assim, não é? Importante mesmo é chegar ao fim do dia e sentir que fomos fieis a nós próprios e aos nossos principios, mesmo que o "resto" não o tenha sido.... É dificil viver e conviver com muitas destas "forças contrárias", mas é como se costuma dizer: O que não nos mata, torna-nos mais fortes!
    Abraço, Jota!

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  2. É fubdamental darmo-nos BEM connosco, quanto ao resto... "vai-se andando", porque assim dita a vida. (sorrisos)
    Abraço.

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