terça-feira, 26 de julho de 2011

Pessoas Grandes que têm sempre tempo

Hoje é aquele dia em que á semelhança do que se passa noutros idênticos, dia do Pai, dia da Mãe…, lembro aqueles que me eram muito queridos…, os meus Avós.

Não que não me lembre amiúde e quase diariamente de todos eles, em especial do meu Pai e da minha Mãe muito em especial,…mas também dos Avós, e de uma tia querida…ah…que saudade da minha tia Margarida…, mas hoje em particular recordo aquela maneira de ser tão especial e a forma tão peculiar com que me tratavam os meus Avós, principalmente a minha Avó materna e o meu Avô paterno.

Infelizmente fiquei muito cedo sem eles, os meus Avós, mas mesmo assim marcaram-me profundamente a memória e o meu ser. Mais tarde, já grandote e namoradeiro tomei, como meus, os Avós da mulher que elegi para passar a eternidade a meu lado.

Saudade imensa que tenho daqueles velhotes que desde o início me adoptaram como seu neto de verdade. E o quanto aprendi da vivência com o Avô Artur e a Avó Margarida, e como enchia a casa quando eles estavam presentes, e como era bonito vê-los juntos, e sempre a quezilarem um com o outro…,e como me divertia com eles…e…

Vem-me uma nostalgia enorme desses tempos, não porque eu mesmo um dia hei-de ser Avô e se Deus quiser, o mais babado de todos, mas porque só a presença deles era segurança, experiência, pilar familiar, palco de repouso, de paciência, mural de compreensão e por vezes de lamentação, a garantia de que se houve um passado também haverá um futuro.

Os avós sempre vêem os netos como meninos. Mesmo que com 50 anos, para os Avós somos sempre meninos. E que bom que é ser menino, quando se é adulto, por se ter os Avós presentes.

O amor deles é sempre incondicional e desprovido de interesse. São uma árvore desgastada pelo tempo que dá a melhor das sombras, no meio de um descampado, são um oásis quando aparece o deserto na vida, são os que dão sem pedir nada em troca.

Todos nós somos a extensão dos nossos Avós e lembrem-se que sem a sua existência, nós não existiríamos.

Hoje, dia dos Avós, façam um favor a vós mesmo.
Vão visitar os vossos Avós, nem que seja por 5 minutos e digam-lhes, “obrigado por serem meus Avós”.

A meu ver, a definição que melhor enquadra na perfeição e que melhor define a palavra Avós é

“Pessoas grandes que têm sempre tempo”

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!

Recebi há momentos de um amigo, um mail bastante interessante. Eu chamar-lhe-ia "Show de Samba" se um título me fosse pedido. Não podia deixar de postar uma resposta verdadeiramente inteligente, divertida e um verdadeiro "bate barbas" educadíssimo nos americanos!

SHOW DO EX-MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM VISITA AOS ESTADOS UNIDOS
Durante debate numa universidade dos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu a sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.

Só nossa!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Momentos de Glória



Todos nós procuramos momentos especiais.
Se pudéssemos e estivesse ao nosso alcance, os teríamos a cada hora, a cada minuto, a cada segundo..., a cada iat de tempo.
Não todos pelas mesmas razões, pela melhor forma..., melhores motivos...

Mas procuramos sempre ser honrados e fieis aos nossos princípios.
Tentamos dignificar o clã familiar ou clãs de amizade a que pertencemos.
Testamos a vitória nas lutas que travamos diariamente.
Caçamos a melhor formação, ou tentamos obter a melhor educação.
Revistamos o melhor caminho a seguir.
Vasculhamos o melhor emprego.
Indagamos sobre um futuro mais próspero.
Buscamos o paraíso, aquela imagem formada por nós ou induzida nas nossas mentes.
Catamos e esgravatamos para tudo isso conseguir e obter..., a estabilidade.

Inicialmente gravada em 2000 com a German Film Orchestra Bedelsberg, transmite-me esta música sentimentos muito especiais. Passados tantos anos prende ainda a minha atenção.

Evolução, liberdade,  alegria, amor, amizade, inspiração... valores e sentimentos que muitos vão perdendo com o tempo, com a idade, com as amarguras da vida, e que incondicionalmente encontramos..., nos olhos de uma criança.

Mas afinal, o que todos procuramos são...,
Momentos de Glória.

  
Moment Of Glory - Scorpions - Composição: Klaus Meine

A moment of glory called evolution
Could I see the world with the eyes of a child
A new beginning, a moment of freedom
Like angels are singing a song full of joy

This side of heaven
Belongs to the children
I will be there, when the future arrives

A moment of glory called evolution
Could I fly away like a bird in the sky
No limitation, a new inspiration
A world that is free just as free as my mind

Communication
A new destination
The planet of visions is calling tonight

Another thousand years seems so long
I'm just a passenger
And the ride has just begun

Moment of glory

A moment of glory called evolution
Could I see the world with the eyes of a child
A new beginning, a moment of freedom
Like angels are singing a song full of joy

This side of heaven
Belongs to the children
I will be there, when the future arrives

Moment of glory
Moment of glory
Moment of glory
Moment of glory

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A minha revolta, é a minha força!


Vindo-me da camada mais profunda da pele, aflora-me um sentimento de revolta, motim, indignação, repulsa, raiva, cólera, desprezo, desdém e todos os outros sinónimos destes substantivos.

O último acontecimento relacionado com o “rating” da nossa economia nacional leva-me, uma vez mais, a lançar as questões de “a quem serve esta crise?”, “o que pretendem uma tal de Moody’s, uma tal de Fitch e não sei quantas mais?”, “que faz no entretanto o banco central Europeu?” e a “quem servem?” essas empresas privadas que estruturalmente agravam governos e Países a seu belo prazer, de um dia para o outro.

Sabemos que a dívida pública Portuguesa passou de 151.775.342.778,90 € (151 mil milhões de euros) em Dezembro de 2010 para uns “míseros” 164.347.649.580,02 € (164 mil milhões de euros) em Maio de 2011. Sei bem que são algarismos a mais nesses números, mas temos é de arrumar o nosso “domicílio” com ânimo e digo e repito uma vez mais, com extremo rigor mostrando o que somos, um País de bem e grandioso, como sempre o fomos desde o ano de 1143 e um dos mais antigos do mundo.

Com este núncio de Teixeira dos Santos e José Sócrates, sabemos que estamos muito mal e não precisamos que mais ninguém nos venha dizer continuamente o mesmo, figuras públicas Portuguesas incluídas, agravando cada vez mais o nosso humor, ego e orgulho nacional. Sim porque podemos ser um povo que se deprime com facilidade, quiçá por causa da amálgama de maus governantes que temos tido, mas no que toca ao brio pátrio…, somos a analogia da loba com as crias.

Só mesmo e a título de “revenge”, não que fosse solução mas ajudava ao ego se tal fosse possível, mandar prender alguns desses senhores através de acusação judicial com base numa gestão danosa do País e dos dinheiros públicos.

O senhor Pier Carlo Padoan, secretário-geral da OCDE para os assuntos económicos (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), economista de profissão, veio hoje a lume, e muito bem, dar uma valente machadada nessas tais denominadas “agências de rating”.

Diz então Pier Padoan, que essas agências de “bitaites” só agravam a crise. São como se fossem profetas apocalípticos, formulando vaticínios para o dia seguinte. Em vez de passarem informações, manifestam a sua opinião apressando as tendências, algumas já em curso como é o caso da Grécia, agravando tendencialmente a crise existente.
E não é que é verdade?
De imediato os juros da dívida Portuguesa ultrapassaram os 13% nos empréstimos a 10 anos, graças a esses “bitaites”.

Ainda o governo não aqueceu a cadeira e já estes senhores nos querem enterrar…, ainda mais. Quererão eles, e penso que querem, que sejamos um espelho da Grécia no que a convulsão social diz respeito? Não saberão eles, e penso que sabem, que as medidas tomadas necessitam de tempo para fazer efeito? Desejaram eles, e penso que desejam, que a nossa economia se afunde cada vez mais e que o País não possa crescer para sair desta malvada crise?

Voltando atrás…,
…a quem serve esta crise?
Esta crise serve em especial e basicamente os Estados Unidos, a França e a Alemanha.

O que pretendem a Moody’s e a Fitch e a quem servem?
A Moody’s e a Fitch servem basicamente os interesses Americanos e pretendem a queda do Euro face ao Dólar. Não somos só nos e a Grécia neste momento pois também a Espanha está na mira destes cavalheiros, a avaliar pelos seus “bitaites” de ontem.

Que faz o banco central Europeu?
Vai na onda, aumentando as taxas de juro, valoriza o Euro, e toma medidas que servem basicamente a França e a Alemanha.
A esta hora, 1 €uro equivale a 1,434 U$D, mas em Janeiro deste ano, 1 €uro equivalia a 1,29141 U$D (http://www.yahii.com.br/euro.html), confirmem! A guerra ao dólar foi declarada há uns anos com a expansão da Europa Comunitária e como qualquer acção provoca por efeito uma reacção, a prova está á vista anos depois.

Medidas de precaução não foram tomadas convenientemente para salvaguardar os países mais pequenos, bem pelo contrário, basta ver o nosso caso Português onde se recebia dinheiro para abater produtividade.

Será que tudo isto é feito ao acaso, ou terá tudo a ver com aquele ferrete de que está em curso uma nova ordem mundial e de que tudo isto, é muito mais vasto do que imaginamos? Será que a teoria da conspiração de que um grupo poderoso, secreto, deseja governar o mundo baseado na ideologia de uma moeda única, uma religião única, e na unificação da humanidade sobre o seu domínio, será que tudo isso é ou não é somente, teoria e ficção?

As notícias do último mês sobre um tal de DSK e um sério assunto de assédio sexual num hotel, figura pública ligada á economia mundial (mais uma vez a economia…), é só mais uma que dá que pensar.
Que o dito cujo não é “flor de cheiro” disso não teremos dúvidas, mas que deu um certo jeito a algumas pessoas…!

Será que ninguém está a defeso hoje em dia e á semelhança do que se passa a outros níveis, não se olha a meios para atingir os fins, levando na enxurrada tudo e todos os que se lhes opõem?

Eu já não acredito que o mundo é como nos contam.

A minha revolta, é a minha força!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Adversidade


Todos nós já sofremos na pele os seus efeitos e creio não existir ser algum á face da terra que, com mais ou menos profundidade, tenha sofrido alguma derrota por mais temporária que essa fosse.

Fruto de erros passados ou presentes, esse substantivo feminino que caracteriza situações de risco, infortúnio ou desgraça, traz contudo na sua cauda o benefício da experiência e a certeza de que a aprendizagem através do erro pessoal, evolui para que no futuro os mesmos erros não se repitam. Tropeçar e seguir em frente é o que faz uma criança quando dá o primeiro passo. Todos os erros são duelos.

Com mais ou menos adversidade nas nossas vidas, há que saber entendê-la e dar a volta, como se um barqueiro fosse e remando contra o vento e a corrente.
È universal ou quase, de que um caminho sem obstáculos não leva a lado nenhum, embora que por vezes seria bom se menos os houvesse, pensamos nós e bem.

Contudo, tudo isto tem menos sentido quando somos levados para onde não queremos, talvez por força dos acontecimentos, por termos perdido o controlo, por sentirmos que tudo escapa ao nosso domínio e somos levados onde não queremos ou nunca pensamos ir. A solução é fazer das fraquezas as nossas forças, atacar a situação de frente e não ficar imóvel perante o perigo á espera que ele passe, porque ele não passa e só se vai agravar cada minuto.

Claro que a primeira reacção é de frustração e muito mais ainda quando se sabe que a nossa contribuição sempre foi contrária ao acontecimento e é nessa altura que perguntamos “porquê”. È então nessa altura que devíamos parar, esfriar os sentimentos, ponderar o custo que criamos e minimizar a perda que teremos. Claro que nem sempre o fazemos, malgrado o estado de espírito no momento quando perante o acontecimento, reagimos diferentemente.

Arruinados somos e parvos seremos se não aprendemos com a desgraça e é nesses momentos adversos, inesperados, controversos, de pressão e amargos, que vemos nascer muitas das vezes aquelas forças que desconhecíamos ter, as capacidades que pensávamos não existir, quando descobrimos por vezes uma nova dimensão de nós mesmo. È nesses momentos que crescemos por dentro e que nos dimensionamos de novo, melhor e bem mais alto porque só se acredita na claridade, quando faz noite.

Há que ser positivo, cuidar de nós, dos nossos e do que fazemos e em especial, tentar faze-lo da melhor forma possível sempre de consciência tranquila, com trabalho e rigor. E aprender, aprender muito, preferencialmente com os erros, mudando o que há para mudar e construindo a partir daquilo que restar. Todas as barreiras foram criadas para se abater, senão, porque existiriam?

O mal de quase todos nós é que prefere ser arruinado pelo elogio, a ser salvo pela crítica (Norman Vincent).