terça-feira, 18 de outubro de 2011

Desilusões com intersecções



A vida é feita de intersecções.

Á semelhança de uma figura que é cruzada muitas vezes e da qual não nos apercebemos da forma, não damos muitas vezes o devido valor e relevo a coisas que nos parecem insignificantes, mas que são verdadeiramente importantes.

Massificamos quase tudo, quando deveríamos individualizar.

Nas nossas intersecções de uma vida, familiarizamos com pessoas que nunca chegamos a ver e vemos outras, com quem nunca nos chegamos a cruzar, tudo porque cada um de nós é um mundo diferente e incompleto dos outros mundos que nos rodeiam.

Cada um desses mundos por vezes completa-se quando tem a ventura de intersectar, um outro mundo que o intersecta. É uma espécie de deve e haver. Cada mundo dá de si o melhor ao outro e é então aí, que cada um deles, mundos, se preenche.

Disso é feito a amizade, o companheirismo, o amor e as relações mais básicas entre mundos. Tenho tido a sorte de que o meu mundo tenha positivamente tocado outros mundos e de por sua vez, também o meu mundo por eles ter sido tocado.

Nos tempos difíceis da actualidade onde muita coisa está mutada, onde a inversão de valores se vê cada vez mais em destaque, está complicado a cada dia que passa, encontrar mundos cada vez menos desinteressados.

Por fados da vida, esta intersectou o meu mundo com outros mundos também eles desinteressados, através de interacções que profundamente eu agradeço.

Analisando o meu mundo a frio e recentemente interceptado, atesto que cada vez mais vejo irem rareando intercepções desinteressadas, de mundos desinteressados.

Será que tais mundos, afeiçoados e despegados de interesse, tenderão em breve a desaparecer?

Será que dentro em pouco tudo não passará a ser jogos de conveniência, entre mundos?

Será que as intersecções que provocam interacções, tendem a passar a ser uma hedionda convivência entre mundos, tal casa dos segredos?

Será que pelo fruto da conjuntura actual, estaremos próximo da guerra dos mundos?

Não gosto do que vejo, não gosto mesmo nada do rumo que este mundo está a tomar e cada vez mais me convenço, que o “Alien”, sou eu.