terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

….fico com o dia estragado



Tenho andado um pouco arredado deste meu cantinho, criado há já um ano e concebido pelo desafio de um amigo.

Nem sempre a vida nos proporciona a possibilidade e a disponibilidade necessária para se fazer aquilo de que mais gostamos e por vezes, aparte de o tempo passar a ser escasso, também outra substâncias se metem de permeio e o que dá gozo e prazer, passa para segundo plano.

Nesta vida, uma grande parte é feito na base das opções e das prioridades.

Uma das minhas rotinas diárias é, de manhã, passar os olhos nos tabeloides e como dizemos em gíria popular “ler as gordas”, focando-me somente naquelas notícias que me despertam a curiosidade e o interesse pessoal.

E há notícias que logo pela manhã conseguem estragar o meu dia, levando-me a pensar se efectivamente vale a pena perder o meu tempo a ler aquilo que outros dizem e que outros tantos escrevem.

Há coisas que me aborrecem sinceramente e uma delas efectivamente é, fazerem-me passar por parvo, por burro ou até mesmo mentecapto, coisa que não sou de todo e prezo por não ser.

Quando algum dirigente nacional se dirige às massas, presumo que me engloba nesse todo e portanto, comigo estará também a tentar comunicar. Sou pertença de um todo no que toca á nossa nação e assim sendo, considero ter de levar a peito as afirmações de pessoas que no mínimo deveriam ser contidas na sua explanação.

Sei que a situação actual do nosso País se deve a um despesismo desmesurado durante os últimos 12 a 16 anos e que os actuais governantes têm uma tarefa difícil pela frente.

Sei também que esse despesismo foi feito com a coerência do actual partido no governo.

Sei que teve a concordância de pelo menos dois presidentes da Republica, um deles o actual, pelo menos até ao momento em que deixou de lhe ser benéfico pactuar com tal situação.

Sei que se o capital despendido e mal aplicado durante todos esses anos saltasse do bolso deles, seria gerido de outra e melhor forma de modo a ser rentabilizado e rendibilizado o mais possível e que muita, mas mesmo muita gente, se governou á custa dos nossos impostos.

Sei também que temos de fazer um esforço para virar a agulha e que o vamos conseguir fazer, mas não sei a que custo se fará e isso amedronta-me.

Atendendo contudo ao nível de vida actual, à situação da grande maioria das famílias portuguesas, aos níveis de desemprego, ao problema de fome que já existe numa parte da população de norte a sul do País onde há já crianças que vão há escola sem o pequeno-almoço tomado, revolta-me determinado tipo de afirmações.

 Apelo assim a todos os nossos dirigentes e governantes o favor de serem mais comedidos nas suas afirmações e aconselha-los a ter como livro de cabeceira, a declaração universal dos direitos humanos em especial, a ler repetida e exaustivamente os seus artigos XXII a XXV (http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm).

 Se tal for conseguido e puderem evitar determinado tipo de declarações, o meu agradecimento será eterno já que por vezes…, logo de manha….,

….fico com o dia estragado.