sexta-feira, 29 de abril de 2011

Seis Meses?

Seis meses…shiiiii…já passaram seis meses?

Este blogue foi engendrado porque um amigo de seu nome FM me “picou” á sua criação. E em tom de brincadeira, entenda-se, costumo dizer que desta forma pelo menos não ia comentar e dissertar ao blogue dele.
Mentira…ele é gente boa!
E claro vou na mesma sempre lá…“alfinetar”.

Mas esta “brincadeira” da blogosfera é mais uma espécie de vício como qualquer outro, especialmente para quem gosta de escrever, transmitir as suas ideias e ideais, ou até mesmo desabafar no sentido de aligeirar e libertar algum stress acumulado durante o dia.

Tudo isto sem nunca deixar de pelo meio alavancar uma série de “flechadas e chapeladas”, mesmo á medida de algumas “peles mais duras” e “sótãos” menos arejados…com aquelas indirectas á medida…e que tanto gosto de usar.
È verdade sim!
Já me demandaram com questões do tipo “hum…aquela indirecta era para mim…, tenho quase a certeza disso”.
E não é que era mesmo? (risos) (risos)

Foi para mim uma agradável surpresa o acesso ao blogue e o uso que lhe fazem, mesmo que a grande maioria dos que me lê nunca comente o que escrevo.
Nem mesmo aqueles amigos que andam lá pelos África e aqui assomam me dão o prazer dos seus comentários.

Em sério, agradeço os vossos acessos mas gostaria que comentassem mais.
Soltem-se e façam como eu, não se calem, mesmo que como eu possam dizer eventualmente…grandes disparates…ou talvez…,nem por isso.


Um bem-haja a todos e como diz o meu padrinho “blogueiro”,

“tentem…tentem ser felizes!”.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Politicamente Politizado


Ontem há noite o meu caro amigo Bruno dizia-me que o "abalos da alma" estava mais politizado.
Permitam-me uma locução á boa maneira de um político, "não é mentira, mas também não é verdade".
Quero dizer com isto que sempre esteve politizado, mas nunca esteve nem nunca estará, tendencialmente partidário politicamente. Se um dia isso acontecer, assumo publicamente tal situação.

A política é uma palavra que remonta á Grécia antiga e á organização das “polis”, as cidades estado. Tudo o que tivesse a ver com a sociedade dessas cidades estado, com a sua comunidade e com a sua unidade, era “polis” e daí a derivação do termo política.

Nunca fui filiado em nenhum partido e penso que nunca o serei.
Ouve muitas alturas em que esteve quase…mas aqueles que me poderiam ter motivado a isso, infelizmente há muitos anos que estranhamente desapareceram.
Também já me conotaram de extremista, quer á esquerda, quer á direita. Mas isso deve ser porque á pouca massa encefálica que tenho, dou-lhe algum trabalho e decido por mim…e chamem-me o que quiserem que não me adaptada minimamente, desde que evidentemente, não me insultem.

Talvez também os motivos de não ter chegado á tal via da filiação foi, sinceramente, o não querer perder a liberdade de exprimir e expressar livremente as minhas ideias, nem vender a alma ao diabo ficando obrigado a decidir por decisão dos outros, mesmo que tal fosse contra todos os meus princípios.
Poderei decidir mal, mas decido por mim e acarreto com as consequências, boas ou más.

Depois em termos de política sou muito mais sociocrata do que tecnocrata, isto é, acredito muito mais nas decisões por associação administrativa com intervenção directa e participativa de cada cidadão na sociedade, e muito menos, na fraca intervenção do cidadão na sociedade em geral e na sua substituição pela tecnologia.

Sou mais ao estilo meritocrata pois acredito no mérito pessoal e na capacidade para se atingir uma posição.
Acredito na justiça, no profissionalismo, na organização, no engenho, na competição, na verdade, na criação de riqueza para o bem comum, na segurança social e pessoal, no não se ser descriminado por crença, raça, sexo, religião ou posição social.
E existem governos assim, poucos mas existem. O da Finlândia é um deles, mas também os há na Asia.

Mas acredito na democracia e por isso sempre votei e voto, embora me venha á ideia muitas vezes uma frase de um querido professor de introdução á política que me dizia:
“De todos os regimes “totalitários” que conheço, a democracia é um mal menor”. Absorver esta frase em meados dos anos 70 e com tenrinhos 17 anitos, era dose de cavalo.

Hoje acredito que ele se estaria a referir aos regimes democratas em que, salvo excepções porque as há, os políticos eleitos democraticamente se tornam rapidamente cleptocratas. Um pouco há semelhança do que se passa em alguns Países e as comparações ficaram a cargo de cada um.
E não faltam manchetes de jornais, processos em tribunal e mais não sei o quê que o poderão comprovar, mesmo com aquela máxima de que “até prova em contrário, ninguém é culpado”.

Como eu dizia ontem a esse meu amigo, se o “abalos da alma” conseguir abalar pelo menos uma alma, já fico satisfeito e pelo menos...sei que não sou o único, tal melodia dos Xutos & Pontapés.

Já agora...vocês ficarão suficientemente abalados com este belíssimo gráfico, cortesia do meu condiscípulo Belmiro?

Divida Publica (% do PIB)
1850 - 2010


quarta-feira, 27 de abril de 2011

É para rir?


Há já algum tempo que ando numa de que de reter afirmações.
E não só daquelas que todos os dias me entram pela “caixinha mágica”, ou pelas gordas que vou lendo nos jornais.
Retenho de tudo e de todos e saiba-se lá porquê!
Bem…quer dizer…até sei…, mas isso fica para outras guerras.

A nível nacional há duas asserções que achei bastante interessantes, hoje.
Ora aqui vão, seguidas de uma curta e imprevidente questão:


O primeiro-ministro afirmou hoje em Santo Tirso que “estes três anos” serão classificados como “a maior crise dos últimos 100 anos” e declarou recusar contribuir para que “isso” obscureça “os grandes progressos” dos últimos seis.

Mas, pergunto eu, incauto ignorante:
Não são esses senhores que estão há 16 anos no poder?
Só me resta concluir depois de uma afirmação dessas que…andaram 10 anos a distribuir dinheiro a torto e a eito e a encher os bolsos a quem não deviam, e mais seis…a esconder o défice.



FMI quer subsídio de Natal pago em títulos do tesouro.
Os técnicos da ‘troika’ consideram que as medidas de consolidação do PEC IV estão mal avaliadas e exigem mais austeridade.

Novamente este incauto ignorante pergunta:
E que tal pagar em senhas para alimentação?
É que mais coisa menos coisa…já agora…recuávamos aí uns 70 a 80 anos e voltávamos às filas do racionamento.

Haja moral meus senhores!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fraldário


Há comentários que me deixam pasmado.
Mais obstupefacto ainda, quando esses comentários são oriundos de gente supostamente bem formada, quer a nível pessoal, quer a nível académico.

Vale a pena reter esta afirmação:

Há um aspecto particularmente desagradável nas contas públicas: é que nas pensões, se quisermos mexer para ter algum efeito, tem que ser nas pequenas, porque as pequenas são a maioria. Nos impostos, se quisermos obter alguma receita, tem que ser nos impostos que afectam a maioria das pessoas, senão não temos receita nenhuma e assim sucessivamente»
(Miguel Beleza in Expresso da Meia Noite, edição de 16-04-2011).

Deve ser por isso que em 2010, as quatro maiores instituições de crédito Nacionais ganharam 3,9 milhões de euros por dia.
Eu repito, três milhões e novecentos mil euros por dia e simplesmente, um aumento de 8% face a 2009.

Deve ser também por isso que em 2010, os bancos Espírito Santo, Santander Totta, BPI e Millenium pagaram também menos 168,8 milhões de euros em impostos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desculpem-me!!!

Que me desculpem uma vez mais, os meus amigos, os que me querem ler e não o têm podido fazer nestes últimos tempos e que por isso me impugnam. Ultimamente faltam-me as forças, não a irreverência, sentido critico e alguma raiva com tudo o que vou sabendo e vendo, mas simplesmente as forças para dizer o que sinto. E ou se escreve com alma, ou mais vale ficar quietinho.

Logo, e na continuação do último “post”, aqui vai mais uma outra grande verdade recebida de um amigo. Não é da minha autoria, mas o que escreveram vai-me todinho no pensamento.

Abraço, eu volto logo, logo.


FUGIR? PARA ONDE?

SÓCRATES parece aqueles velhinhos que se metem pelas auto estradas em contra-mão, com o Teixeira dos Santos no lugar do morto, a gritarem que os outros é que vêm ao contrário.
De rabo entre as pernas, fartinhos de saberem que estavam errados, não conseguem agora disfarçar o mal que nos fizeram. Ainda estão a despedir-se, agradecidos, do Constâncio, e já dão a mão a Passos Coelho, que lhes jura que conhece uma saída perto e sem portagem.
Estamos bem entregues! Vão-nos servindo a sopa do Sidónio, à custa dos milhões que ainda recebem da Europa, andam pelo mundo fora sem vergonha, de mão estendida, a mendigar e a rapar tachos, tratados pelos credores como caloteiros perigosos e mentirosos de má-fé.
Quando Guterres chegou ao Governo, a dívida pouco passava dos 10% do PIB. 15 anos de Guterres, Barroso, Sócrates e de muitos negócios duvidosos puseram-nos a dever 120% do PIB.
Esta tropa fandanga deu com os burrinhos na água, não serve para nada e o estado do próprio regime se encarrega de o demonstrar. Falharam todas as apostas essenciais. Todos os dias se mostram incapazes. Mas com o Guterres nos refugiados, o Sampaio nos tuberculosos e na Fundação Figo, o Constâncio no Banco Central e o Barroso em Bruxelas, a gente foge para onde?

Por Joaquim Letria