quinta-feira, 28 de abril de 2011

Politicamente Politizado


Ontem há noite o meu caro amigo Bruno dizia-me que o "abalos da alma" estava mais politizado.
Permitam-me uma locução á boa maneira de um político, "não é mentira, mas também não é verdade".
Quero dizer com isto que sempre esteve politizado, mas nunca esteve nem nunca estará, tendencialmente partidário politicamente. Se um dia isso acontecer, assumo publicamente tal situação.

A política é uma palavra que remonta á Grécia antiga e á organização das “polis”, as cidades estado. Tudo o que tivesse a ver com a sociedade dessas cidades estado, com a sua comunidade e com a sua unidade, era “polis” e daí a derivação do termo política.

Nunca fui filiado em nenhum partido e penso que nunca o serei.
Ouve muitas alturas em que esteve quase…mas aqueles que me poderiam ter motivado a isso, infelizmente há muitos anos que estranhamente desapareceram.
Também já me conotaram de extremista, quer á esquerda, quer á direita. Mas isso deve ser porque á pouca massa encefálica que tenho, dou-lhe algum trabalho e decido por mim…e chamem-me o que quiserem que não me adaptada minimamente, desde que evidentemente, não me insultem.

Talvez também os motivos de não ter chegado á tal via da filiação foi, sinceramente, o não querer perder a liberdade de exprimir e expressar livremente as minhas ideias, nem vender a alma ao diabo ficando obrigado a decidir por decisão dos outros, mesmo que tal fosse contra todos os meus princípios.
Poderei decidir mal, mas decido por mim e acarreto com as consequências, boas ou más.

Depois em termos de política sou muito mais sociocrata do que tecnocrata, isto é, acredito muito mais nas decisões por associação administrativa com intervenção directa e participativa de cada cidadão na sociedade, e muito menos, na fraca intervenção do cidadão na sociedade em geral e na sua substituição pela tecnologia.

Sou mais ao estilo meritocrata pois acredito no mérito pessoal e na capacidade para se atingir uma posição.
Acredito na justiça, no profissionalismo, na organização, no engenho, na competição, na verdade, na criação de riqueza para o bem comum, na segurança social e pessoal, no não se ser descriminado por crença, raça, sexo, religião ou posição social.
E existem governos assim, poucos mas existem. O da Finlândia é um deles, mas também os há na Asia.

Mas acredito na democracia e por isso sempre votei e voto, embora me venha á ideia muitas vezes uma frase de um querido professor de introdução á política que me dizia:
“De todos os regimes “totalitários” que conheço, a democracia é um mal menor”. Absorver esta frase em meados dos anos 70 e com tenrinhos 17 anitos, era dose de cavalo.

Hoje acredito que ele se estaria a referir aos regimes democratas em que, salvo excepções porque as há, os políticos eleitos democraticamente se tornam rapidamente cleptocratas. Um pouco há semelhança do que se passa em alguns Países e as comparações ficaram a cargo de cada um.
E não faltam manchetes de jornais, processos em tribunal e mais não sei o quê que o poderão comprovar, mesmo com aquela máxima de que “até prova em contrário, ninguém é culpado”.

Como eu dizia ontem a esse meu amigo, se o “abalos da alma” conseguir abalar pelo menos uma alma, já fico satisfeito e pelo menos...sei que não sou o único, tal melodia dos Xutos & Pontapés.

Já agora...vocês ficarão suficientemente abalados com este belíssimo gráfico, cortesia do meu condiscípulo Belmiro?

Divida Publica (% do PIB)
1850 - 2010


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