segunda-feira, 6 de junho de 2011

A mudança


Portugal escolheu!
Escolheu bem a meu ver não dando a maioria a nenhum partido.
Varreu a casa da melhor forma.
Premiou a esperança e o bom senso, tal enforcado na corda á espera que esta parta quando se abre o alçapão.

Atirou às malvas quem mereceu e machadou contundentemente quem logrou.
Dane-se e desengane-se quem pensa que somos asnos e que vamos eternamente em cantigas, que podemos ser sempre enganados e que quem o faz…sai impune. Bem…, até sai.

Passou ao lado de muita gente mas, a semana passada, um tal célebre processo foi arquivado. É só mais um escândalo sem culpa formada.
Mesmo a tempo não é? Pois…, muito conveniente e uma vez mais o delito fica sem ser punido.

Mas fiquei boquiaberto.
O funeral ainda tinha começado e já havia um abutre a subir e descer, bem com o olho em cima da carcaça…, não fosse ela arrefecer. Morre um incompetente e já outro se perfila, mas esse conheço-o eu. Oportunista!

Faz tempos confrontei-o num restaurante em Nelas, de seu nome os Antónios.
Coitadinho, esqueceu de quem há uns anitos…, lá para os lados do Café Itália…, lhe safou as costas. E até que nem mudei muito de fisionomia segundo dizem, mas o pobre coitado não me reconheceu, jogou pelo “seguro”. Quando numa onda de sacanito lhe avivei a memória, mexeu-se na cadeira, piscou os olhitos e parecendo um puto comprometido responde “não me lembra…”. Ai se fosse hoje…, bem que eu virava as costas e deixava que levasses umas lambadas bem assentes, talvez ganhasses juízo.

Mas isto está mau, claro que está e é capaz de agravar ainda mais.
Mas já fomos capazes de virar a agulha noutros tempos e vamos consegui-lo outra vez.
Não sem danos colaterais e…, muitos irão padecer e sem ter culpa de tal, apanhados de surpresa numa teia que até parece feita de propósito e á media.
Dá que pensar mas…não se deve morrer na praia, eu pelo menos não quero tal.

Agora é unir as hostes e trabalhar, tocar o barco que está encalhado, premiar quem é honesto e competente e combater aquilo que todos andamos a lamentar faz tempo.

A assim não ser…

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