sábado, 24 de setembro de 2011

Como Cão e Gato II



Gostava que isto não fosse o jogo do cão e do gato, em que um dá um unhada e em troca recebe uma dentada.
Gostava de ter resposta para tudo.
Gostava que as soluções não falhassem, por isso são soluções.

Na base das imagens estabelecidas e na tentativa de desenvolver perspectivas, tento sempre descobrir o futuro e não raras vezes, falho.

A vida devia ser sempre entendida de forma positiva, mesmo naqueles momentos em que de positivismo nada existe, mesmo naqueles momentos em que nos cai o mundo aos pés e nos perguntamos onde falhamos, ou porque vacilamos durante o trajecto traçado.

Os desafios que nos são colocados diariamente, leva-nos várias vezes a interrogações descabidas e a por em causa, determinadas premissas que considerávamos inalteráveis. Será tudo isso um teste que a própria vida nos propõe? Será que tudo isso servirá para que nos tornemos mais fortes? Será que tudo isso acontece para nos pôr á prova? Será que de facto existem entidades superiores e se existem, porque acontece o que acontece?

A felicidade tem como sinónimo o bem-estar, a alegria, o contentamento e a harmonia em todos os aspectos. Mas será que as divindades existem? Se existem, porque existe tanta infelicidade em gente a quem deveria ser dada a oportunidade de ser feliz? Porque existe tanta insatisfação, inveja e descontentamento? Será que os Deuses nos quererão infelizes? Ou será que está tudo aqui e somos nós que gerimos mal aquilo que nos é dado? E aqueles que tudo têm para ser felizes, porque desperdiçam essa oportunidade?

Não me refiro ao vil metal, mas tão só á relação que cada um tem consigo mesmo e com os outros, especialmente com os mais chegados, sejam eles parentes, amigos, ou tão só conhecidos. Todos nós conhecemos pessoas que estão de mal com o mundo, porque estão de mal consigo mesmo. Claro que o vil metal é uma ajuda, mas não é a solução e muito menos me refiro ao lado material da questão.

Amiúde e ao primeiro contacto, algumas das pessoas que vamos conhecendo pela vida fora, ou mesmo outras que conhecemos bem, sabemos ter algo de errado talvez por estarem de mal com elas próprias, não raras vezes até elementos da família.

Mas o que os leva a todos eles a desistir de procurar a felicidade? Será que o serem infelizes, tem a ver com a falta de espiritualidade?

Eu tenho as minhas crenças espirituais. Tenho-as porque preciso de acreditar que a minha energia e a de todos os seres vivos da natureza, não se perde quando se morre e que ela será canalisada para um outro lugar, para um outro estádio de consciência.

Acredito porquê? Porque tenho de acreditar, porque é esse acreditar que me dá forças no dia-a-dia para não vacilar quando vacilo, porque é a energia desse acreditar que me dá forças para continuar quando as não tenho, porque esse acreditar permite-me ficar de bem comigo mesmo quando comigo estou danado, porque é esse acreditar que faz com que eu tenha alento e me permite também transmiti-lo aos que me rodeiam quando ela a mim me falha.

Um conselho de mãe que me foi transmitido é “por mais problemas que tenhas, por mais desanimado que andes, quando saíres á rua levanta a cabeça, ergue o tronco, estica os ombros para traz, levanta os olhos ao céu e vais ver que nesse dia, tudo vai correr bem melhor”. É mesmo mãe, ser positivo é meio problema resolvido.

Mas a questão mantem-se.
A razão pela qual, aqueles que não são felizes quererem ver os outros infelizes, é para que na sua infelicidade, vendo a infelicidade dos outros, possam ser mais felizes.

E tanto os há assim! Deveria haver uma lei que os proibisse de fazer os outros infelizes, com pena de cadeia se não tentassem ser, minimamente felizes.

Mas afinal, onde começa a felicidade e como se pode quantificar e fazê-la crescer?
Entendo que está dentro de cada um de nós e que deve ser decifrada de acordo com a fé, a consciência e os princípios de cada um, desde que isso não sirva para fazer os outros infelizes.

A minha mensagem é:

Que vai hoje você fazer para ficar mais feliz, fazendo alguém mais feliz também?

1 comentário:

  1. E é essa a pergunta!
    Há que continuar a avançar, por mais correntes que nos tentem desviar ou "trapaçar"...

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