quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Carta ao meu...


Escrevo-te agora, antes de novamente nos reunir, como o fazemos a toda a hora, todos os dias, a cada milionésimo de segundo que passa.
Não sei o que nos espera e gostava que mo pudesses explicar.
Ando também algo preocupado contigo, e sei andares bastante indefinido e não sei o que se passa…, e…, gostava que te abrisses comigo.
Tenho tentado preparar-te bem ao longo de todos estes anos e parece que não aprendeste, nem decoraste, nada do que te ensinei.
E como me preocupo…!
Como que com um estilete em brasa gravei na minha mente todos os projectos com que ambos sonhamos e desejamos, e no final…, ainda não conseguiste cumprir a tua parte.
E que mais queres de mim?
Que mais queres que faça?
Diz-me quais as vias a seguir para que te veja notável e risonho como o desejei desde sempre.
Olha-me de frente e olha-me nos olhos quando falo contigo!!!
Não sejas traiçoeiro nem letárgico como o tens sido nestes últimos tempos!!!
Sim…, quem te fala já fez muita, mas mesmo muita coisa boa e também, algumas coisas más.
Mas tudo o que fiz, iniciei a pensar em nós, e todas as opções que tomei…, tomei-as…, para que tu e eu fossemos e nos tornássemos, ainda maiores e muito melhor.
Boas ou más, todas as que tomei foi por nós…, admite que o sabes!
E no final, que tens feito?
Atraiçoas-me, enganas-me, adulteras tudo aquilo que por ti e para nós completei e tenho lutado…, sempre.
Não muito distante estamos daquela época risonha que em cada dia criávamos sempre mais e mais alguma coisa, e que por cada grão em cada construção, sempre mais uma nova descoberta ocorria, e em que cada dia era sempre mais um novo sorrir.
E como juntos crescíamos...!
E todos os dias eram Primavera!
E como o Sol raiava alegre e quente!
Diz-me…, diz-me agora.., diz-me…, diz-me já!!!
O que mudou entre nós???
Sim…, estou feroz contigo…, comigo…, com tudo!
Entendo a razão porque tenho investido em ti tudo o que em mim e de mim existe.
E neste momento perante ti pergunto…, para quê?
Para que a cada novo génio que volta, tu te tornes tão igual ao de ontem ou a cada brilhar venhas ainda pior?
E chegas cada vez mais sensaborão, desnutrido de querer e saber, aborrecido e maçador, enquanto que eu…, tento estar cada vez mais intenso, mais ávido da descoberta, mais alerta, e estou também cada vez mais…, impaciente.
Ah…!!! E esse teu silêncio… esse sim, vai-me destruindo por dentro!!!
Esse deixa-me cada vez mais desassossegado…!!!
Tenho sede, quero a forma de conhecer aquilo que me esperas, e ao mesmo tempo…, tenho medo, temor desse meu entender.
E só tu…, só mesmo tu sabe que…, sim, só mesmo tu…, me pode responder.
Portanto fala, explica-te, reage…, pelo menos insurge-te, revela-me se é por aqui que devo ir.
Diz-me…, diz por favor o que me reservas, meu…
FUTURO!!!

2 comentários:

  1. Nem sei o que comentar, para já!
    Abraço.

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  2. Nada Francisco, mesmo nada, está tudo bem.
    São só desabafos, com alguma revolta á mistura.
    Mas está tudo bem.
    Abraço e uma vez mais, obrigado.

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