terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

On est là, tous ensembles!


O meu amigo FM deu-me hoje o mote para escrever algo que, o Tico e o Teco fazem já algum tempo, me andam a chatear.

Tem a ver como crédito pessoal mal parado, a banca e o florescer das casas de penhores e ainda me dizem alguns amigos que por vezes vejo fogo, onde só existe fumo.
Ás vezes é a realidade mas a verdade de “La Palice” diz que, onde há fumo, há fogo.

Como disse hoje o FM, não gastar o que não se não tem e não contar com o ovo no “recto” da galinha, sempre foi uma boa politica, mas há coisas que não consigo explicar e me ultrapassam.

O fruto de uma abertura generalizada ao crédito pessoal por parte da banca sem que ninguém se tivesse preocupado, ANTES, em educar a população foi o benefício ou a desgraça de muitos. Incentivou-se ao consumo, incentivou-se ao crédito, veio a crise, e logo de seguida o desastre.

Tive conhecimento há dias que alguém de parco rendimento e sem património conseguiu, junto de um banco, 16 créditos ao consumo. Como é possível? É estranho que esse banco não tivesse tomado as devidas informações sobre essa pessoa, ou que no mínimo, alguém a tivesse alertado para tal.

Pergunta: A quem interessou toda esta situação?
Resposta: Não sei, mas a alguém foi com certeza, e por certo aos bancos foi com certeza.

Mas não podemos estar contra eles, os bancos, eles são dos nossos “melhores amigos” pois dão-nos sempre, um guarda-chuva quando está sol, e pedem-nos de volta quando cai o primeiro pingo.

Agora aparecem umas novas organizações que estavam esquecidas faz já algum tempo, as casas de penhores. E é vê-las a proliferar de norte a sul mas gostava eu de saber quem está por detrás de tudo isso. Talvez algum banco?

Aquela senhora dos tais 16 créditos dava-lhe o conselho de não se preocupar e que fossem receber…, não, não é ao Totta, mas a lisura também não me permite dizer onde.

Dizem que a culpa é também de um tal “Sr. subprime” e que pelo facto dos juros estarem baixos originou a compra de habitação em flecha. E que depois provocou a valorização dos imóveis para valores nunca vistos e que o que se emprestava não era o valor real dos bens. Está certo, mas a banca não sabia disso? E onde parava nessa altura o banco de Portugal para pôr fim a esta situação?

Bem…, uma coisa é certa, com tudo isto ainda fiquei mais confuso pois a culpa não tem rosto, uma vez mais.

Tenho pena, sinceramente, daquelas famílias endividadas até ao pescoço por falta de formação ou informação, mas depois ainda dizem alguns dos meus amigos que eu, é que sou mau feito!

“Vai lá vai, que até a barraca abana!”

2 comentários:

  1. Pronto, vou retirar o meu "Post" por vergonha, comparado com este... (risos)
    Obrigado.
    Gostei e concordei com o que escreveu, Jota.
    E que bem, que bem que escreve... PARABÉNS!
    Gosto de si, Amigo.
    Abraço.

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  2. Que nada!
    Aliás sou eu quem me divirto a lê-lo, todos os dias.
    Abraço.

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