Tenho andado um pouco arredado
deste meu cantinho, criado há já um ano e concebido pelo desafio de um amigo.
Nem sempre a vida nos proporciona a
possibilidade e a disponibilidade necessária para se fazer aquilo de que mais gostamos
e por vezes, aparte de o tempo passar a ser escasso, também outra substâncias
se metem de permeio e o que dá gozo e prazer, passa para segundo plano.
Nesta vida, uma grande parte é feito na base
das opções e das prioridades.
Uma das minhas rotinas diárias é, de manhã, passar os olhos
nos tabeloides e como dizemos em gíria popular “ler as gordas”, focando-me
somente naquelas notícias que me despertam a curiosidade e o interesse pessoal.
E há notícias que logo pela manhã conseguem estragar o meu
dia, levando-me a pensar se efectivamente vale a pena perder o meu tempo a ler
aquilo que outros dizem e que outros tantos escrevem.
Há coisas que me aborrecem sinceramente e uma delas
efectivamente é, fazerem-me passar por parvo, por burro ou até mesmo
mentecapto, coisa que não sou de todo e prezo por não ser.
Quando algum dirigente nacional se dirige às massas, presumo
que me engloba nesse todo e portanto, comigo estará também a tentar comunicar. Sou
pertença de um todo no que toca á nossa nação e assim sendo, considero ter de
levar a peito as afirmações de pessoas que no mínimo deveriam ser contidas na
sua explanação.
Sei que a situação actual do nosso País se deve a um
despesismo desmesurado durante os últimos 12 a 16 anos e que os actuais
governantes têm uma tarefa difícil pela frente.
Sei também que esse despesismo foi feito com a coerência do actual
partido no governo.
Sei que teve a concordância de pelo menos dois presidentes da
Republica, um deles o actual, pelo menos até ao momento em que deixou de lhe
ser benéfico pactuar com tal situação.
Sei que se o capital despendido e mal aplicado durante todos
esses anos saltasse do bolso deles, seria gerido de outra e melhor forma de
modo a ser rentabilizado e rendibilizado o mais possível e que muita, mas mesmo
muita gente, se governou á custa dos nossos impostos.
Sei também que temos de fazer um esforço para virar a agulha
e que o vamos conseguir fazer, mas não sei a que custo se fará e isso
amedronta-me.
Atendendo contudo ao nível de vida actual, à situação da
grande maioria das famílias portuguesas, aos níveis de desemprego, ao problema
de fome que já existe numa parte da população de norte a sul do País onde há já
crianças que vão há escola sem o pequeno-almoço tomado, revolta-me determinado
tipo de afirmações.
Apelo assim a todos
os nossos dirigentes e governantes o favor de serem mais comedidos nas suas afirmações
e aconselha-los a ter como livro de cabeceira, a declaração universal dos
direitos humanos em especial, a ler repetida e exaustivamente os seus artigos
XXII a XXV (http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm).
Se tal for conseguido
e puderem evitar determinado tipo de declarações, o meu agradecimento será
eterno já que por vezes…, logo de manha….,
….fico com o dia estragado.
Como o compreendo, Amigo, como o compreendo...
ResponderEliminarE, para juntar a isso, já estou a ficar cheio de noticiários que só nos dão tragédias, das económicas...
Abraço. Bom escrito, como sempre.