Há momentos em que a maior sabedoria é parecer não saber nada (Sun Tzu).
Por mais crítica que seja a situação e as circunstâncias em que nos possamos encontrar, o melhor é não desesperar. Estaremos irremediavelmente perdidos se naquelas ocasiões em que tudo ou quase tudo nos inspira temor, baixarmos os braços e nos deixarmos abater.
Sei que não é fácil, mas há que lutar nestas alturas contra nós mesmo.
O medo consome-nos, paralisa-nos, mata-nos lentamente, destrói-nos e cresce até ao limite. O medo é um processo mental que se reflecte no corpo. É ele que está por detrás do fracasso, das relações humanas e amiúde da doença.
Do medo ao pânico existe um ténue véu.
Quase sempre, quando estamos com medo mais ou menos legitimados, cruzamo-nos com aquele esperado caminho libertador e não o reconhecemos, portanto há que ter confiança, levantar o ego e manter a expectativa na esperada mudança.
Claro que os únicos que não podem ser derrotados, são os que nada têm a perder, daí os medos e os temores aparecerem aos restantes. Também o que é desconhecido provoca medo, daí que quando aparecem as surpresas, aquelas pérfidas surpresas especiais para as quais nunca se está preparado, a primeira reacção seja o medo.
O medo é tão-somente o alerta do nosso corpo aos estímulos físicos ou mentais. Ele está entre a ansiedade e o pavor e pode transformar-se em algo degenerativo fisicamente. Lentamente vai-nos absorvendo e corroendo se não lutarmos em contrário para diluirmos ou enfrentar esse sentimento de inquietação perante um perigo real ou imaginário.
A solução para tratar desse inimigo que é o medo, passa por cinco acções a tomar:
- Mentalizar o medo.
- Interpretar o medo.
- Enfrentar e Canalizar o medo.
- Transferir a energia do medo para o objectivo que desejamos obter.
- Estabilizar o medo.
Quando nascemos, só existem dois medos que nos são inaptos: o medo de cair e o medo do barulho. Todos os outros fomos adquirindo ao longo do nosso crescimento. O medo normal é bom pois ele permite-nos estar alerta e em seu devido tempo sermos avisados pelo nosso subconsciente. O medo anormal é mau e destrói-nos, é obsessivo e cria complexos.
Ter medo é normal mas não é pacífico.
Ando pessoalmente numa fase em que dou mais atenção aos meus medos e em que estou a trata-los eu mesmo. Chega um ponto em que temos de dizer chega e de os enfrentar pois sei que se assim não for, eles vão acabar por corroer as entranhas, por me transformar, por digerir e carcomer-me a já pouca boa disposição que me resta.
E vocês…, estão a dar devida atenção aos vossos medos?